
Mais de 150 falsas-orcas – nome pelo qual é conhecida esta espécie de golfinho – deram à costa numa praia remota da ilha australiana da Tasmânia, na terça-feira. Apesar dos esforços das autoridades locais, os 90 animais que sobreviveram terão de ser abatidos.
Na tarde de terça-feira, dia 17 de fevereiro, 157 golfinhos da espécie ‘pseudorca crassidens’ ficaram encalhados na costa noroeste da Tasmânia.
O difícil acesso ao local e as más condições meteorológicas, bem como do oceano, dificultaram os trabalhos de salvamento por parte das equipas compostas por especialistas e veterinários.
Nos próximos dias, os desafios irão manter-se:
“Estivemos na água esta manhã e recolocámos e tentámos recolocar duas baleias, mas não tivemos sucesso, uma vez que as condições do oceano não permitiam que os animais passassem a rebentação. Os animais estão continuamente a ser reposicionados”, explicou, num com un icado consultado pela Associated Press , Shelley Graham, responsável pelos trabalhos .
O primeiro balanço feito pelos profissionais que estiveram no local apontava para 136 sobreviventes, mas os novos dados não vão além dos 90.
Sobreviventes serão abatidos
Shelley Graham explica à Reuters que os golfinhos que ainda se encontram com vida serão abatidos, já que as autoridades reconhecem que devolvê-los à água será uma tarefa praticamente impossível.
“Após uma avaliação veterinária especializada, decidimos que a eutanásia é necessária por razões de bem-estar animal”, informa o especialista.
As falsas-orcas mais jovens que deram à costa pesam cerca de 500 quilos, enquanto as adultas chegam quase às três toneladas. Os comprimentos variam entre os dois e os seis metros.
Este animal é um dos maiores membros da família dos golfinhos.
Ainda não se sabe a razão que levou os cetáceos a ficarem presos nas areias da praia australiana, mas os cadáveres dos animais serão examinados para que possam ser identificadas as causas do incidente.