O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, estará em Bruxelas na quarta-feira para conversações de emergência com os parceiros europeus, numa tentativa de acelerar a ajuda à Ucrânia antes da tomada de posse do Presidente eleito, Donald Trump.

O secretário de Estado norte-americano vai reunir-se com funcionários da NATO e da União Europeia (UE) "para discutir o apoio à Ucrânia na sua defesa contra a agressão russa", disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, num comunicado.

Um dos encontros já confirmados é com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, que irá receber Blinken na sede da Aliança Atlântica na capital belga. No mesmo local, o chefe da diplomacia norte-americana irá reunir-se com os aliados no Conselho do Atlântico Norte, o principal órgão de decisão política na NATO.

Esta deslocação de Blinken a Bruxelas está a ser encarada como uma visita de emergência, num contexto de preocupações na Ucrânia e em muitas capitais da Europa sobre a continuidade do apoio a Kiev após a eleição presidencial de Trump, no passado dia 5 de novembro, a que se juntou uma crise política na Alemanha.

Trump questionou as dezenas de milhares de milhões de dólares gastos por Washington na Ucrânia, mais de 60 mil milhões de dólares (56,5 mil milhões de euros) em ajuda militar desde a invasão russa em fevereiro de 2022.

O Presidente cessante, Joe Biden quer, por isso, acelerar a entrega de ajuda militar à Ucrânia e continuar a criar mecanismos para garantir que os europeus compensam a falta de ajuda.

De acordo com o Pentágono (Departamento de Defesa norte-americano), faltam atribuir até 9,2 mil milhões de dólares (8,6 mil milhões de euros) do envelope votado na primavera, dos quais 7,1 mil milhões de dólares (6,7 mil milhões de euros) devem ser retirados dos 'stocks' de armas dos Estados Unidos da América (EUA) e 2,1 mil milhões de dólares (1,98 mil milhões de euros) para financiar contratos de compra de armas.

Com Lusa