"Pode ser uma resposta política. Pode ser uma resposta legal. Quero analisar isto com calma depois desta campanha eleitoral", frisou o candidato do bloco de centro-direita União Democrática Cristã.

Musk, o braço direito do Presidente norte-americano Donald Trump, manifestou o seu apoio explícito ao partido de extrema-direita alemão em dezembro.

"Só a AfD pode salvar a Alemanha", referiu, na sua rede social, X, depois de ter manifestado simpatia pelas posições de vários movimentos europeus de extrema-direita.

Musk, que dirige o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) nos EUA, responsável pelo corte de despesas e burocracia no poder executivo federal, publicou estas palavras como um comentário num vídeo de uma 'youtuber' alemã que espalha posições de negação das alterações climáticas e é próxima da AfD.

A 'youtuber' criticou também Merz por se recusar a cooperar com a extrema-direita.

Em novembro, também usou o X para interferir na política alemã, chamando palhaço ao atual chanceler, o social-democrata Olaf Scholz, ao que o governo alemão reagiu sarcasticamente, indicando que nesta plataforma está em vigor a liberdade de fazer todas as loucuras que os palhaços têm à disposição.

Merz recusou dizer que tipo de efeito poderia ter o apoio do empresário à AfD.

"Por enquanto, estou deliberadamente a deixar todas as consequências em aberto. (...) O facto de alguém de fora da Europa intervir desta forma numa campanha eleitoral nacional é algo novo", sublinhou.

A Alemanha realiza em 23 de fevereiro eleições legislativas antecipadas - estavam previstas para 28 de setembro -, na sequência da queda da coligação governamental liderada por Olaf Scholz e composta por SPD, liberais do FDP e Verdes.

As sondagens dão a liderança ao bloco de centro-direita União Democrática Cristã, de Merz, com os sociais-democratas de centro-esquerda, de Scholz, muito atrás e a mostrarem poucos sinais de poderem diminuir a diferença.

 

DMC // RBF

Lusa/Fim