"Foi uma noite muito complicada, com várias frentes de fogo a entrarem por quatro a cinco localidades diferentes e longínquas, o que dificultou a distribuição dos já poucos meios existentes", disse à agência Lusa Vítor Figueiredo.

O autarca de São Pedro do Sul acrescentou ainda que, durante a noite, "foram várias as casas e palheiros que arderam, mas ainda não é possível contabilizar quantas e onde", apesar de adiantar que, em Macieira e Pesos "há registos de habitações queimadas".

"Há crianças que não conseguiram chegar às suas residências ao final do dia de ontem [terça-feira] e que tiveram de ser deslocadas para outras residências. E há pessoas alojadas em IPSS" (Instituições Particulares de Solidariedade Social), relatou.

Vítor Figueiredo disse que já foi informado de que "chegaram militares espanhóis ao território para ajudar no combate às chamas" no concelho de São Pedro do Sul, que tem as localidades de Rio de Mel, Pindelo dos Milagres e Figueiredo de Alva em risco.

Este incêndio chegou a São Pedro do Sul através do concelho de Castro Daire. Foi um fogo que teve origem pelas 21:23 de segunda-feira, em Soutelo, freguesia de Mões. Pelas 09:30, mobilizava 469 operacionais, apoiados por 137 veículos e sete meios aéreos.

Sete pessoas morreram e 40 ficaram feridas, duas com gravidade, nos incêndios que atingem desde domingo as regiões Norte e Centro do país.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 62 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro, atingidas pelos incêndios desde o fim de semana, já arderam 47.376 hectares.

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