O Hamas libertou esta sábado três reféns. Or Levy, de 34 anos, que foi sequestrado no festival de música, no sul de Israel, a 7 de outubro de 2023. A mulher foi morta e o filho de 3 anos ficou ao cuidado dos avós. Os outros dois reféns libertados são o israelo-alemão de 56 anos, e Eli Sharabi, de 53 anos. Esta foi a quinta troca de reféns. Os três reféns foram entregues à Cruz Vermelha Internacional (CVI) em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza.
Cada um deles saiu de um carro branco do Hamas. Os três foram levados para um palco montado pelo Hamas onde antes funcionários da CVI assinaram os documentos de receção dos reféns.
Momento da libertação dos três reféns israelitas
Do lado palestiniano, deverão ser libertados 183 prisioneiros. Até agora, foram libertados 18 reféns e cerca de 600 prisioneiros palestinianos.
A primeira fase das tréguas deverá resultar na libertação de um total de 33 reféns, incluindo pelo menos oito mortos, e de 1.900 palestinianos.
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Dezenas de combatentes armados do Hamas, com máscaras e fitas verdes na cabeça, posicionaram-se de manhã cedo em Deir el-Balah, antes do início da operação.
Formaram um cordão de isolamento à volta de uma zona onde o movimento montou um palco com fotografias de veículos blindados israelitas destruídos, bandeiras verdes do movimento e fotografias de comandantes mortos. Nas proximidades estavam estacionadas carrinhas brancas do Hamas, segundo a agência francesa AFP.
Centenas de pessoas assistiram à transmissão em direto da libertação dos reféns na "Praça dos Reféns", em Telavive. Um ecrã gigante foi instalado no local, contando os dias, horas, minutos e segundos desde o ataque sem precedentes do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, quando os reféns foram raptados e levados para Gaza.
As dúvidas, finalmente dissipadas na sexta-feira à noite, pairavam sobre a realização da operação, tendo em conta as ondas de choque provocadas pela proposta do Presidente norte-americano, Donald Trump, de uma tomada de controlo de Gaza pelos Estados Unidos.
Segundo Amani Sarahneh, porta-voz da Organização dos Prisioneiros Palestinianos, Israel vai libertar "18 prisioneiros que cumprem penas perpétuas, 54 que cumprem penas longas e 111 detidos em Gaza" na sequência do ataque de 7 de outubro, que desencadeou a guerra.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, acompanhará o processo a partir dos Estados Unidos, onde se encontra de visita.
A trégua entrou em vigor em 19 de janeiro e interrompeu 15 meses de combates na Faixa de Gaza.
Com Lusa