A entrega do relatório esteve inicialmente prevista para o dia 20 de fevereiro, mas a deputada relatora -- Cristina Rodrigues, do Chega -- pediu o adiamento da entrega da versão preliminar para o final da última semana.

Este prazo também não foi cumprido e a estimativa do presidente da comissão é que, "em princípio", o relatório seja entregue na quarta-feira, dia em que estava previsto o início da discussão do documento.

Esta situação levou o PSD a apresentar um pedido de suspensão do prazo da comissão de inquérito ao caso das crianças tratadas com um dos medicamentos mais caros do mundo, uma vez que a comissão teria de terminar os trabalhos até 25 de março.

"Para que exista uma análise cuidada e refletida do relatório, considera-se primordial a suspensão do prazo de funcionamento da comissão parlamentar de inquérito pelo período de mínimo de três semanas, ou seja, até ao dia 15 de abril e antecedendo o período da Páscoa", lê-se no pedido.

Em declarações à Lusa, o deputado coordenador do PSD na comissão de inquérito mostrou-se "bastante preocupado" e considerou "impossível" manter a previsão de início da discussão do relatório na quarta-feira, uma vez que os deputados ainda não o têm em mãos.

António Rodrigues considerou que é preciso "tempo para analisar o documento e apresentar propostas de alteração", pelo que propôs a suspensão do prazo de funcionamento da comissão.

Na quarta-feira estão marcadas reuniões da comissão de inquérito, primeiro de mesa e coordenadores e depois plenária, onde será discutido e votado o requerimento do PSD e eventualmente a redefinição do calendário da apreciação do relatório.

À Lusa, o presidente da comissão, Rui Paulo Sousa (do Chega) afirmou que não será possível começar nesse dia a discussão do relatório e concordou que as bancadas têm de ter tempo para avaliar o documento, antecipando que poderão ser "centenas de páginas".

 

FM // ACL

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