A vistoria que foi realizada, esta segunda-feira, à casa do Primeiro-ministro confirma que não há qualquer ilegalidade na obra para transformar dois T1 num T3 duplex.

O relatório da Câmara Municipal de Lisboa, a que a SIC teve acesso, indica que as obras não prejudicaram a estrutura do prédio, tendo até contribuindo para um reforço.

As alterações incluem demolições, reorganização de espaços e criação de uma escada que faz a ligação entre os dois apartamentos. Um deles pertence a Luís Montenegro e o outro aos filhos.

O filho mais novo de Luís Montenegro só informou a Câmara Municipal de Lisboa sobre as obras em dois apartamentos, na Travessa do Possolo, na freguesia da Estrela, após a comunicação social ter levantado dúvidas sobre essa comunicação à autarquia.

Moedas garante que primeiro-ministro "fez o que tinha a fazer"

O autarca Carlos Moedas assegurou que a autarquia cumpriu com as obrigações legais quanto às obras de junção de dois apartamentos da família do primeiro-ministro, Luís Montenegro (PSD), que "também fez o que tinha a fazer".

"O primeiro-ministro de Portugal é tratado como outro cidadão lisboeta. A câmara fez aquilo que tinha a fazer. O cidadão, neste caso, primeiro-ministro, também fez o que tinha a fazer e, portanto, não tenho aqui nada a acrescentar", afirmou o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), à margem da inauguração da Creche do Monsanto, na freguesia de Benfica.

Em causa está o processo das obras de junção de dois apartamentos da família do primeiro-ministro sobre o qual os vereadores do Partido Socialista (PS) e do Bloco de Esquerda (BE) na Câmara de Lisboa solicitaram, a 7 de março, informações quanto à alegada isenção de controlo prévio a esta empreitada apesar de se considerar uma alteração estrutural.

Na passada quinta-feira, 13 de março, Carlos Moedas recusou um eventual tratamento diferenciado da autarquia à família de Luís Montenegro e assegurou que trata "todos por igual".

- Com Lusa