No início da manifestação ocorreram incidentes em frente à Câmara Municipal, onde um grupo de jovens atirou lama, o que exigiu a intervenção da tropa de choque.

Posteriormente, no final da manifestação e nas proximidades da Plaza de la Virgen, lama, cadeiras e outros objetos foram novamente atirados contra os agentes policiais, que intervieram novamente.

Os milhares de pessoas que se manifestaram hoje em Valência criticaram ainda o presidente da região de Valência, Carlos Mazón, e o primeiro-ministro, Pedro Sánchez, por terem subestimado os riscos e coordenado mal os esforços de socorro, após as cheias de 29 de outubro.

Entretanto, a Câmara Municipal divulgou um comunicado onde lamenta o "terrível vandalismo" que o edifício sofreu durante a manifestação.

Segundo o comunicado, "foi anulada uma tentativa de atear fogo à porta principal, que teve de ser apagado com extintores pela polícia que se encontrava no interior do edifício".

"Além disso, diversas janelas foram partidas e foram pintados vários 'grafittis' nas paredes", acrescentou.

A autarquia frisou na nota que estão atitudes "não se podem tolerar porque nestes momentos há que trabalhar em conjunto para recuperar os locais afetados pelas cheias".

Pelo menos 223 pessoas morreram nas inundações e há registo de 50 pessoas desaparecidas, segundo os balanços oficiais mais recentes.

O Governo de Espanha declarou na terça-feira "zona de catástrofe" a região de Valência e aprovou um primeiro pacote de 10.600 milhões de euros em ajudas às populações e empresas afetadas pelas inundações.

Espanha iniciou já também os procedimentos para ativar o fundo de solidariedade da União Europeia e pediu a aprovação urgente no Parlamento Europeu de uma alteração aos regulamentos dos fundos de coesão, para os poder reprogramar e destinar à zona afetada pelas inundações, por estar em causa um desastre natural.

MCL (SVF/PD/MP) // PSC

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