António Costa falava num jantar comício do PS no pavilhão da Ajuda, em Lisboa, em que os lugares disponíveis foram insuficientes para todos os simpatizantes e militantes socialistas que se encontravam presentes e que criaram um ambiente algo eufórico, interrompendo com frequentes salvas de palmas o discurso do seu líder.
O secretário-geral do PS iniciou a sua intervenção, sempre muito aplaudida, com alusões ao debate televisivo que na quarta-feira à noite travou com o presidente do PSD, Pedro Passos Coelho: "É para mim uma enorme alegria ver o entusiasmo e a dinâmica desta onda que se está a levantar e é uma onda que vai fazer no dia 04 de outubro a mudança que Portugal merece".
Com João Araújo, advogado de José Sócrates, na assistência, o líder socialista passou ao ataque ao estilo de discurso seguido pelo presidente do PSD no debate de quarta-feira à noite, em que se referiu por várias vezes ao ex-primeiro-ministro José Sócrates.
"Ao longo daquele debate ficou claro que há uma conclusão evidente: A coligação de direita está esgotada, é prisioneira do passado, a coligação de direita não tem uma ideia para o futuro", disse.
Mas António Costa foi mais longe ao dizer que a coligação PSD/CDS "está na prisão de se ter enganado e de ter traído os compromissos que assumiu com os portugueses".
"Prometeu na última campanha eleitoral que não subia os impostos que subiu, não cortava as pensões que cortou e não cortava os salários que cortou. Traiu os seus compromissos, não merece confiança e os portugueses não perdoarão a traição à palavra dada", declarou o líder socialista.
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