
A 31 de janeiro, uma criança de cinco anos morreu "incinerada" depois da câmara de oxigénio hiperbárica onde se encontrava ter explodido no Oxford Medical Center, no estado do Michigan, nos Estados Unidos. Agora, quatro pessoas foram detidas e acusadas da morte de Thomas Cooper.
Uma das pessoas detidas será Tamela Peterson, fundadora e diretora executiva do centro hospitalar, estando acusada de homicídio em segundo grau. Outras duas pessoas, Gary Marken e Gary Mosteller, também são acusadas do mesmo crime.
Uma quarta pessoa, Aleta Moffitt, foi acusada de homicídio involuntário e de colocar intencionalmente informações falsas nos registos médicos, avança a NBC News, que cita documentos judiciais.
A criança de cinco anos foi várias vezes submetida a sessões de terapia numa câmara de oxigenação hiperbárica para tratar problemas de apneia do sono e transtorno do défice de atenção, revelou o advogado da família de Thomas Cooper, à NBC News.
"Os incêndios no interior de uma câmara hiperbárica são considerados um acontecimento terminal. Cada incêndio deste tipo é quase de certeza fatal e é por isso que foram desenvolvidos muitos procedimentos e práticas de segurança essenciais para evitar a ocorrência de um incêndio”, afirmou a procuradora-geral Dana Nessel.
A criança teve morte imediata no local enquanto a sua mãe sofreu vários ferimentos nos braços ao tentar salvar o filho.
Como funcionam as câmaras hiperbáricas?
De acordo com o Centro Hiperbárico de Cascais, as câmaras hiperbáricas são indicadas para "vários tipos de tratamentos, como infeções e feridas de difícil cicatrização, dores crónicas, lesões, tratamentos como radioterapia e quimioterapia, acidentes de mergulhos, intoxicações respiratórias, entre outros".
Ao entrar numa câmara hiperbárica, o paciente "respira oxigénio 100% puro a uma pressão mais alta que a pressão hiperbárica".
Existem pelo menos dois tipos de câmaras de orxigénio hiperbáricas: as de grandes dimensões que podem acolher várias pessoas em simultâneo ou de pequena dimensão destinadas a apenas um paciente de cada vez.