O presidente da Câmara Municipal de Lisboa não ficou indiferente à manchete do Diário de Notícias, desta terça-feira, e que dá conta de que a criminalidade em Lisboa regista a segunda maior descida em 10 anos. Uma conclusão que não tranquiliza o autarca Carlos Moedas.

"Os crimes que são praticados, neste momento, em Lisboa têm uma violência diferente" afirmou, numa declaração esta tarde aos jornalistas, e na qual deu exemplos concretos: “Quatro violações numa semana”, um “triplo homícidio”, “assaltos à mão armada por um relógio, não é normal".

Segundo o jornal, que cita dados provisórios da Polícia de Segurança Pública (PSP), no ano passado foram participados cerca de 28 mil crimes, o terceiro número mais baixo dos últimos 10 anos e só superado pelos anos da pandemia - 2020 e 2021.

Mais. De acordo os números da PSP, no espaço de um ano, os crimes registados diminuíram mais de 12% e os crimes classificados como violentos e graves também desceram 10%.

“Números que me deixam preocupados”

Números que não só não deixam Carlos Moedas descansado como, em vez disso, o deixam “preocupado”.

“É bom saber que a média baixou mas quando olhamos para a notícia e vemos, por exemplo, o caso da freguesia de Santa Maria Maior em 2023 apresenta o maior valor da década. Ou seja, ao terem descida entre 2023/2024 não nos podem deixar descansados”.

Carlos Moedas recusa, por isso, retratar-se das declarações que fez sobre a segurança em Lisboa e sustenta-se em exemplos conretos como “as quatro alegadas violações, o triplo homícidio à queima roupa ao pé de Santa Apolónia”, ou os “assaltos à mão armada para roubar um relógio”.

“Os crimes e a maneira como são praticados” é a questão em cima da mesa para o autarca que apesar de considerar que “Lisboa é uma cidade segurança”, não são estes dados da PSP que o demovem da ideia de que: é preciso mais PSP e de que a Polícia Municipal deve fazer detenções".

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