A polícia da cidade chinesa de Changde, na província central de Hunan, deteve esta terça-feira um homem de 39 anos acusado de atropelar vários peões em frente a uma escola, anunciou o Gabinete de Segurança Pública local.

O suspeito, identificado como Huang, foi capturado pouco depois do incidente, que ocorreu às 7:37 horas locais (23:37 de segunda-feira, em Lisboa).

As autoridades locais afirmaram que as vítimas, cujo número não foi divulgado e que foram levadas para o hospital, não apresentavam ferimentos que pusessem em risco a sua vida.

No comunicado oficial, as forças de segurança afirmaram que "o caso está a ser investigado para esclarecer as circunstâncias do atropelamento e fuga".

Imagens que circulam nas redes sociais, cuja autenticidade não foi confirmada, mostram um homem a ser imobilizado à força depois de ter sido retirado de um automóvel SUV branco.

No último ano, multiplicaram-se no país asiático os ataques indiscriminados contra transeuntes, geralmente perpetrados por atacantes armados com facas, embora tenha também havido relatos de atropelamentos de multidões.

Este ataque ocorre apenas uma semana depois de um homem de 62 anos ter conduzido um automóvel contra um grupo de pessoas à porta de um centro desportivo na cidade chinesa de Zhuhai, que faz fronteira com Macau, provocando a morte de pelo menos 35 pessoas e deixando 43 feridos antes de fugir.

No ano passado, um outro atropelamento e fuga contra uma multidão de peões, também na província de Guangdong, causou seis mortos e 29 feridos.

Em fevereiro, um homem matou pelo menos 21 pessoas na província oriental de Shandong com uma faca e uma pistola.

Em julho, um automobilista de 55 anos atropelou uma multidão em Changsha (centro da China), matando oito pessoas, na sequência de um litígio sobre propriedade.

Em setembro, um homem de 44 anos esfaqueou até à morte um menino japonês em Shenzhen. No mês passado, um homem de cerca de 50 anos esfaqueou cinco pessoas à porta de uma escola em Pequim, incluindo três crianças.

Os motivos são muitas vezes pouco claros ou não são tornados públicos, mas a imprensa local classifica frequentemente estes episódios como "vingança contra a sociedade", ou seja, ataques em que o agressor atua contra pessoas inocentes por frustração devido a disputas legais, sentimentais ou comerciais.