Este acidente ocorreu uma semana após um outro semelhante que causou pelo menos 98 vítimas.
O camião perdeu o controlo e embateu em 17 veículos, o que terá provocado um incêndio, explicou no sábado o Corpo Federal de Segurança Rodoviária da Nigéria em comunicado.
Além dos 10 feridos, os socorristas retiraram três pessoas ilesas.
"Os travões do camião-cisterna, que estava carregado com combustível, falharam e o motorista perdeu o controlo antes de colidir com 17 veículos, causando um incêndio que queimou 11 veículos", descreveram hoje as autoridades.
O governador do estado de Enugu, onde o acidente ocorreu, Peter Mbah, pediu já à Comissão Nigeriana de Segurança Rodoviária (FRSC) para garantir que os camiões que transportam gasolina e produtos inflamáveis sejam equipados com um dispositivo anti-derramamento em caso de acidente ou avaria.
Com a ausência de um sistema ferroviário eficiente para transportar cargas, acidentes fatais com camiões são comuns na maioria das principais estradas da Nigéria, o país africano mais populoso.
No início deste mês, 98 pessoas morreram numa explosão idêntica perto de Suleja, no estado de Níger, quando algumas pessoas suspeitas tentaram transferir gasolina de um camião acidentado para outro com recurso a um gerador.
As autoridades lançaram já uma campanha nacional contra a retirada de gasolina de camiões-cisterna acidentados e outras práticas que podem levar à morte.
"Acidentes com camiões-cisterna não precisam levar à perda de vidas", disse Lanre Issa-Onilu, diretor-geral da Agência Nacional de Orientação, o órgão encarregado de comunicar a política governamental.
Os preços da gasolina no país mais populoso da África dispararam depois de o governo presidido por Bola Tinubu ter retirado subsídios nesta área há mais de um ano, numa tentativa de canalizar recursos para outros propósitos.
No entanto, a política causou dificuldades aos moradores locais.
Retirar gasolina de um camião-cisterna caído é comum na Nigéria. A gasolina é usada para venda e obtenção de lucro.
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