1 -- Tudo empatado… até quando?
Em vez de clarificar, esta corrida tende a apertar. As últimas sondagens indicam um equilíbrio como não se via, em fase tão próxima da eleição, desde 1960, no duelo Kennedy/Nixon. Kamala tem entre dois a três pontos de vantagem nas sondagens nacionais, ou seja no limiar de uma possível vitória democrata no Colégio Eleitoral, mas sem qualquer garantia disso. Nas sondagens para os estados decisivos, empate técnico nos sete "swing states". Empate total na maior parte deles, pequena vantagem Kamala no Wisconsin, pequena vantagem Trump no Arizona. O que poderá desempatar esta corrida tão imprevisível?
2 -- Kamala em busca dos republicanos indecisos
A campanha de Kamala Harris lançou um novo anúncio especialmente dirigido a eleitores republicanos que ainda possam estar indecisos ou que até ponderem mudar o seu sentido de voto. Nesse anúncio Harris surge com Liz Cheney, ex-congressista republicana do Wyoming e apoiante de Kamala.
Os anúncios, de 30 segundos, apresentam Matt McCaffery, um republicano de longa data que votou em Trump no passado, explicando que apoia Harris porque acredita que o ex-presidente prejudicará a classe média.
A campanha também contratou estrategas para se concentrarem especificamente nos eleitores conservadores, realizou eventos para envolver os eleitores republicanos em estados decisivos, lançou o movimento “Republicanos por Harris” para ajudar a organizar programas de base e lançou o apoio de republicanos proeminentes. McCaffery, que mora na Pensilvânia, personifica o tipo de eleitor que a campanha de Harris espera que a apoie.
“Acredito num governo pequeno, que imponha impostos baixos e fique fora da minha vida. Eu sou um republicano. Votei em Donald Trump e fui à sua posse em 2016. Tentamos isso durante quatro anos. Simplesmente não funcionou.”
McCaffery critica o facto de Trump ter apoiantes muito ricos e prefere Tim Walz, o governador de Minnesota, número 2 de Kamala. “Todos esses bilionários estão a sair da toca para apoiar Trump. Eles querem benefícios fiscais às custas da classe média. O que procuro num presidente são pessoas como Kamala Harris e Tim Walz. Acho que ela fará um ótimo trabalho para pessoas como eu.”
Uma interrogação: Quantos republicanos estarão dispostos a não votar em Donald Trump?
Estados Decisivos:
Nevada -- Trump 49 / Kamala 48 (Insider Advantage, 29/30 set)
Arizona -- Trump 49 / Kamala 48 (Insider Advantage, 29/30 set)
Geórgia -- Kamala 48 / Trump 48 (Insider Advantage, 29/30 set)
Carolina do Norte -- Trump 50 / Kamala 49 (Insider Advantage, 29/30 set)
Wisconsin -- Kamala 49 / Trump 47 (NYT/Siena, 21 a 26 set)
Michigan -- Kamala 48 / Trump 48 (Mitchell Research Communication, 30set)
Pensilvânia -- Kamala 48 / Trump 48 (Emerson College, 28/29 set)
Voto Popular:
Kamala 49 / Trump 46 (Data for Progress, 2/3 out)