A primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, nomeou seis novos ministros numa remodelação do seu Governo centrista de três partidos, elevando o número de ministros para 25 - o maior de sempre em 30 anos.
Um dos ministros deste novo figurino vai dirigir um novo gabinete governamental de preparação para emergências, alterações climáticas e cibercrime.
"O mundo tornou-se mais problemático", disse Frederiksen, ao anunciar que TorstenSchackPedersen ficará a liderar o novo ministério, depois de a remodelação governamental ter sido formalmente apresentada ao Rei Frederik X.
Além do novo gabinete de emergência (que a vizinha Suécia também tem), o Governo tem agora dois outros novos ministérios, elevando o total para 25, o maior desde o executivo do antigo primeiro-ministro social-democrata Poul Nyrup Rasmussen (1993-1994), que tinha 24 ministros.
Quem entra?
Marie Bjerre deixou o cargo de ministra da Digitalização e da Igualdade de Género para se tornar responsável pelos assuntos da União Europeia, antes da presidência rotativa da Dinamarca na União Europeia (UE), no segundo semestre de 2025.
Jeppe Bruus, o ministro cessante das Finanças, foi realocado para dirigir um novo ministério, que coordenará a política ambiental da Dinamarca, que tem uma meta de redução de emissões carbónicas de 70% até 2030 e de atingir emissões zero até 2050.
Bruus foi substituído por Rasmus Stoklund, enquanto o cargo anterior de Bjerre foi entregue a Caroline Stage Olsen, que se tornou ministra da Digitalização. A pasta da Igualdade de Género foi entregue ao ministro do Ambiente, Magnus Heunicke.
Numa das maiores surpresas, a presidente da Câmara Municipal de Copenhaga, Sophie Hæstorp Andersen, foi nomeada ministra dos Assuntos Sociais, para substituir Pernille Rosenkrantz-Theil, que abandonou o Governo.
Frederiksen - que é a líder do Partido Social Democrata - anunciou na quarta-feira que estava a preparar uma remodelação governamental e a criar três novos ministérios. Em 2022, a primeira-ministra dinamarquesa apresentou o atual Governo composto pelo seu Partido Social Democrata, de centro-esquerda, pelo Partido Liberal, de centro-direita, e pelo recém-criado Partido Moderado, centrista.