O diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA) vai estar presente nas negociações desta quinta-feira para um cessar-fogo em Gaza.

A Casa Branca diz esperar que o encontro, que acontece no Qatar, decorra tal como planeado, depois da ausência confirmada do Hamas. O grupo palestiniano acusa o primeiro-ministro israelita de bloquear qualquer entendimento.

Israel vai enviar a Doha uma equipa de negociadores, incluindo os chefes dos serviços secretos e da segurança interna.

A delegação israelita é chefiada pelo chefe dos serviços secretos estrangeiros de Israel (Mossad), David Barnea, pelo seu homólogo dos serviços internos (Shin Bet), Ronen Bar, e pelo major-general Nitzan Alon, que supervisiona as conversações em nome do exército, segundo o canal de notícias israelita 12.

Em cima da mesa está um acordo que permitiria a troca dos 111 reféns israelitas ainda detidos em Gaza pela libertação de prisioneiros palestinianos em Israel, apesar de as partes estarem em confronto há meses sobre uma linha vermelha: o fim definitivo dos combates e a retirada das tropas israelitas do enclave.

O Médio Oriente tem estado em alerta para uma potencial escalada regional desde os assassínios, há duas semanas, do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerão, e do principal comandante militar do Hezbollah, Fuad Shukr, na capital libanesa.

Nem a formação libanesa nem o seu aliado Teerão responderam ainda aos ataques, atribuídos ao Estado judaico, e espera-se que um pacto sobre Gaza poderia, pelo menos, travar a resposta iraniana.