O parque Disney World em Orlando, nos EUA, diz que um homem, cuja mulher morreu após ter sofrido uma reação alérgica num restaurante do parque, não os pode processar devido aos termos e condições que aceitou ao inscrever-se num período experimental da plataforma de streaming Disney +.

Jeffrey Piccolo processou a Disney por homicídio culposo depois da mulher, Kanokporn Tangsuan, de 42 anos, ter morrido em outubro de 2023 após uma refeição num restaurante do parque de diversões de Orlando.

Médico da Universidade de Nova Iorque, Piccolo garante que o restaurante não tomou precauções suficientes relativamente às alergias da sua mulher, mesmo depois desta as ter mencionado múltiplas vezes aos funcionários do estabelecimento.

O que aconteceu com Kanokporn Tangsuan?

Além da mulher, o marido da vítima garante que também ele reforçou as alergias da mulher e que lhes foi garantido que o pedido tinha sido tratado com muita atenção.

No entanto, o que é certo é que bastou apenas 45 minutos para Kanokporn Tangsuan se começar a sentir mal e colapsar.

A mulher ainda chegou a ser transportada para o hospital, no entanto o óbito foi declarado pouco tempo depois. A causa da morte foi declarada como “anafilaxia devido a grandes quantidades de produtos lácteos e nozes no seu sistema”, garante o Telegraph.

Por esse motivo, meses depois, Piccolo decidiu processar a Disney em mais de 45 mil euros, mais custos legais. No entanto, a Disney garante que o homem não os pode processar.

O argumento da Disney

Os advogados da Disney argumentam que o caso terá de ser resolvido fora do tribunal, via arbitragem, devido aos termos que Jeffrey Piccolo terá aceite quando se inscreveu num período experimental da plataforma Disney +, em 2019.

De acordo os advogados da empresa, o homem "concordou" com o “contrato do assinante” que diz na primeira página em letras maiúsculas, que ao concordar “qualquer disputa, exceto pequenas reivindicações, está sujeita a uma renúncia de ação coletiva e deve ser resolvida por arbitragem individual”.

O argumento é descrito como “absurdo” e “insano” pelos advogados de Piccolo, no entanto não fica por aqui.

Além disso, a Disney garante que os termos aceites foram reforçados quando Jeffrey Piccolo comprou os bilhetes para o parque através da plataforma Disney.

"Esta argumentação chega o surrealismo", garantem os advogados de Piccolo.