Correspondente aos passivos líquidos perante o exterior, excluindo os instrumentos de capital, ouro em barra e derivados financeiros, a dívida externa líquida passou de 52,6% do PIB no final de 2023 (140.600 milhões de euros) para 44,53% no final de 2024 (126.500 milhões de euros), refere o regulador.

Segundo os dados do banco central, em dezembro de 2024, a posição de investimento internacional (PII) de Portugal registou "o valor menos negativo desde dezembro de 2002".

"O saldo entre os ativos financeiros sobre o exterior detidos por residentes e os passivos emitidos por residentes e detidos pelo resto do mundo passou de 72,5% do PIB (-193.800 milhões de euros), no final de 2023, para -58,5% do PIB (-166.200 milhões de euros) no final de 2024", explica o banco central.

De acordo com o BdP, esta evolução resultou da conjugação de vários fatores, sendo os principais o saldo positivo da balança financeira de 9.700 milhões de euros, valorizações de 20.900 milhões de euros em ativos -- impulsionado pelo ouro do banco central -- e do passivo em 5.550 milhões de euros, ou de variações cambiais positivas de 2.100 milhões de euros.

Para a variação de 14,0 pontos percentuais no rácio negativo da PII no PIB, 9,7 pontos resultaram de alterações no valor do PII, e 4,2 pontos do crescimento do PIB.

Houve ainda ajustamentos no valor de 400 milhões de euros.

JO // CSJ

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