A informação é avançada num comunicado enviado à Lusa pelo Comité Nacional para o Abandono das Práticas Nefastas (CNAPN), que dá conta de que o caso ocorreu a 04 de janeiro e as vítimas têm dois, três, seis e nove anos.

Segundo aquele organismo, o pai das meninas e a "fanateca" (quem praticou a mutilação) encontram-se sob custódia do Tribunal Provincial do Norte de Bissorã, onde foi aberto um processo judicial.

O caso, segundo a fonte, ocorreu no bairro de Katakumba, na região de Cacheu, setor de Canchungo, no Norte da Guiné-Bissau, e o Comité tomou conhecimento do que classifica como "ato inaceitável", através do ativista da Liga Guineense dos Direitos Humanos na referida região.

"Em face a este ato criminoso, à luz da Lei 14 /2011, o Comité Nacional para o Abandono das Práticas Nefastas a Saúde da Mulher e Criança exige das autoridades judiciais, o julgamento e a consequente condenação dos atores desta prática hedionda", lê-se no comunicado.

No documento assinado pela presidente, Marliatu Djaló, o Comité lembra que a mutilação genital feminina é "uma prática nefasta" e "condena com todas as forças este comportamento que só marca negativamente a vida das meninas e mulheres no mundo".

O Comité garante ainda "não baixar a guarda na luta para a eliminação definitiva desta prática medonha", que é crime na Guiné-Bissau há 14 anos.

HFI // JMC

Lusa/Fim