O republicano, protagonista de um "regresso político impressionante", escreveu a revista, já tinha recebido esta distinção em 2016, quando ganhou a sua primeira eleição presidencial contra a democrata e favorita nas sondagens Hillary Clinton.
"Hoje estamos a assistir a um ressurgimento do populismo, a uma desconfiança crescente em relação às instituições que definiram o século passado e a uma erosão da crença de que os valores progressistas conduzirão a uma vida melhor para a maioria das pessoas. Trump é simultaneamente o agente e o beneficiário de tudo isto", escreve Sam Jacobs, editor da revista Time.
"Por liderar um regresso histórico, por provocar um realinhamento político único, por remodelar a presidência americana e alterar o papel da América no mundo, Donald Trump é a Pessoa do Ano 2024 da revista Time", acrescenta.
O editor adiantou ainda que "há sempre um debate aceso" na revista sobre a distinção, "embora tenha de admitir que este ano a decisão foi mais fácil do que nos anos anteriores".
Donald Trump é também esperado hoje na Bolsa de Valores de Nova Iorque para tocar simbolicamente o sino da Bolsa de Valores de Nova Iorque.
O magnata republicano foi eleito o 47.º Presidente dos Estados Unidos nas eleições presidenciais em 05 de novembro, tendo superado os 270 votos necessários no colégio eleitoral, e tomará posse a 20 de janeiro de 2025.
Aos 78 anos, Trump é a pessoa mais velha a ser eleita para a Presidência dos Estados Unidos da América (EUA) e, quando tomar posse, será alguns meses mais velho do que o seu antecessor, o democrata Joe Biden, quando este tomou posse em 2020.
Em maio, o júri de um tribunal de Nova Iorque considerou Donald Trump culpado de todas as 34 acusações de um esquema para influenciar ilegalmente as eleições presidenciais de 2016 através do pagamento de dinheiro para silenciar uma atriz pornográfica que afirmava que os dois tinham tido relações sexuais.
Trump é também o único Presidente na história dos Estados Unidos a enfrentar um processo de impugnação duas vezes durante o seu mandato. Em ambos os casos, foi absolvido pelo Senado de todas as acusações.
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