Os Philadelphia Eagles venceram este domingo os Kansas City Chiefs e sagraram-se campeões dos Estados Unidos de futebol americano, no 59.º Super Bowl, uma noite que contou com a atuação de Kendrick Lamar, um protesto que acabou em detenção, a presença histórica de Donald Trump e ainda os tradicionais anúncios milionários.

Um dos momentos mais esperados do Super Bowl é a atuação do intervalo e este ano esteve a cargo de Kendrick Lamar.

O rapper foi apresentado pelo ator Samuel L. Jackson, que interpretava Tio Sam, uma das figuras nacionais dos Estados Unidos. O cantor começou em cima de um carro no palco, acompanhado por dançarinos vestidos com as cores da bandeira norte-americana.

Em pouco mais de 13 minutos, Kendrick Lamar cantou vários sucessos da carreira, incluindo a música "Not Like Us" que rendeu cinco Grammys na semana passada.

Mike Segar

Protesto acaba em detenção

Um artista que atuou durante o intervalo do Super Bowl foi detido em campo depois de desfraldar uma bandeira sudanesa-palestiniana com as palavras "Sudão" e "Gaza" escritas.

As autoridades estão a investigar e a NFL confirmou que o detido fazia parte de uma lista com cerca de 400 artistas que participou no espetáculo do rapper Kendrick Lamar.

"O indivíduo será banido para sempre de todos os estádios e eventos da NFL", disse o porta-voz da NFL, Brian McCarthy, num comunicado.

O artista subiu para um automóvel usado durante a atuação de Lamar e ergueu a bandeira.

A NFL disse que "o indivíduo escondeu o item consigo e revelou-o no final do programa" e que "ninguém envolvido na produção estava ciente da intenção do indivíduo".

A Roc Nation, empresa de entretenimento que produziu o espetáculo, disse que o ato "não foi planeado nem fez parte da produção e nunca foi ensaiado".

O concerto continuou sem interrupções, e até ao momento não houve qualquer confirmação de que a bandeira tenha sido vista durante a transmissão da atuação de Lamar.

Trump faz história

O Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, esteve presente no Caesars Superdome para assistir ao jogo, tornando-se assim o primeiro líder do país, em funções, a assistir presencialmente ao Super Bowl.

O líder norte-americano foi recebido entre aplausos e protestos.

Trump entrou no estádio e juntou-se aos espetadores homenageados: este ano foram os familiares das vítimas do ataque do dia de Ano Novo, em Nova Orleães, agentes da polícia e equipas de emergência médica.

Os anúncios milionários

Outro dos momentos mais que marcam a Super Bowl são os anúncios milionários. Um único anúncio pode custar cerca de 8 milhões de dólares – mas também oferece o potencial de ser visto por milhões de pessoas.

Cerca de 50 marcas ‘compraram’ tempo de antena à Fox para passarem os anúncios, muitos dos quais contaram com celebridades como Harrison Ford, Eugene Levy, Seal, Barry Keoghan, Ben e Casey Affleck, Chris Pratt e Chris Hemsworth, Catherine O'Hara, Vin Diesel ou Matthew McConaughey.

Mais de 30 anos depois, Meg Ryan e Billy Crystal voltaram a juntar-se para recriar uma das cenas mais icónicas do filme “Um Amor Inevitável”, num anúncio para a Maionese Hellmann's.

Já a Nike apresentou atletas do sexo feminino, incluindo Caitlin Clark, e chamou a atenção para as dificuldades das mulheres no mundo do desporto. “Não podes ser exigente. Não podes ser implacável. Não te podes priorizar. Então... prioriza-te (...) Faças o que fizeres, não podes ganhar. Por isso, ganha", diz o anúncio que mostra os momentos de triunfo de várias atletas.

Desde óculos inteligentes a rolos de pizza, os anúncios deste ano abordaram de tudo. A inteligência artificial esteve também muito presente entre a publicidade milionária.

Philadelphia Eagles impedem 'tri' dos Chiefs

Os Philadelphia Eagles sagraram-se campeões dos Estados Unidos de futebol americano (NFL) pela segunda vez, ao impedirem um inédito 'tri' dos Kansas City Chiefs, que bateram por 40-22 no 59.º Super Bowl, em New Orleans, Luisiana.

No Caesars Superdome, os Eagles, que ao intervalo já lideravam por impressionantes 24-0, repetiram o sucesso de 2018 e 'vingaram' o desaire de há dois anos face aos Chiefs (35-38), que procuravam ser a primeira equipa a vencer três títulos seguidos.

Pittsburgh Steelers e New England Patriots, ambos com seis títulos, são as equipas com mais triunfos no Super Bowl, que os Eagles perderam em 1981, 2005 e 2023, a última vez face aos Chiefs, que contam quatro cetros (1970, 2020, 2023 e 2024).

Festa juntou milhares de pessoas nas ruas de Filadélfia

Milhares de pessoas saíram às ruas no centro de Filadélfia para celebrar a vitória dos Philadelphia Eagles.

Uma das torres principais da cidade pintou-se de verde, a cor da equipa. No meio da multidão, o verde também foi a cor dominante. Houve quem lançasse fogo de artifício para festejar a conquista.


- Com Lusa