"Condenamos a agressão israelita contra o Líbano, condenamos o bombardeamento por Israel da capital libanesa, condenamos o assassinato por Israel de cidadãos libaneses", declarou Ayman Safadi, ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, numa visita ao Cairo.

Durante uma conferência de imprensa conjunta, o seu homólogo egípcio, Badr Abdelatty, os dois governantes sublinharam a "solidariedade dos seus países com o Estado e o povo libanês".

Depois de enfraquecer o movimento islamista palestiniano Hamas durante uma ofensiva devastadora lançada na Faixa de Gaza em retaliação pelo ataque de 07 de outubro de 2023, o Exército israelita transferiu a maior parte das suas operações para o Líbano em meados de setembro, para combater o Hezbollah.

As forças israelitas procuram afastar o movimento xiita pró-Irão, aliado do Hamas, das zonas fronteiriças do sul do Líbano e travar o lançamento de 'rockets' em direção ao norte de Israel para permitir o regresso a esta região de cerca de 60.000 habitantes deslocados.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ameaçou hoje o Líbano com "destruição e sofrimento como" em Gaza.

Depois de "um ano de destruição" no território palestiniano e de "escalada na Cisjordânia", território ocupado por Israel desde 1967 e que conheceu um surto de violência no âmbito da guerra em Gaza, Israel está agora a "treinar a região para uma guerra regional total", acusou Safadi.

Israel é "um país que está acima da lei e que não tem qualquer responsabilidade", condenou Abdelatty, por sua vez.

Em 1994, a Jordânia tornou-se o segundo Estado árabe, depois do Egito, a assinar um tratado de paz com Israel.

Desde o início da guerra em Gaza, o Cairo tem desempenhado o papel de mediador entre Israel e o Hamas, embora os seus esforços, bem como os do Qatar e dos Estados Unidos, tenham fracassado repetidamente na negociação de um cessar-fogo.

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