O Serviço Nacional de Saúde (SNS) aumentou o número de exames endoscópios em gastroenterologia realizados por unidades externas. Entre 2022 e 2023 verificou-se um aumento de 17,6%, num total de 168 atos por mil habitantes no ano passado, adianta a Entidade Reguladora da Saúde (ERS). No Algarve houve um recorde absoluto: “O maior aumento percentual, de 243,2%”.
Numa “monitorização com o objetivo de fornecer informações sobre o acesso aos serviços de endoscopia gastroenterológica, e sua evolução, com particular enfoque na distribuição da oferta e na produção da rede de prestadores com convenção com o SNS”, o regulador conclui que, apesar de um maior acesso por via comparticipada, as assimetrias no país continuam a ser evidentes. “A oferta publicamente financiada de endoscopias gastrenterológicas para os utentes do SNS localiza-se sobretudo nas regiões de saúde do Norte e do Centro”, afirma.
Segundo a ERS, no ano passado foram aceites mais 15,3% de requisições para os exames do que em 2022, com o Norte e o Centro a liderar. Para o SNS, “os encargos com o setor convencionado de endoscopia gastroenterológica atingiram 71,96 milhões de euros, representando um aumento de 19,2% em relação a 2022”. Dito de outra forma, “os encargos per capita passaram de 6.029 para 7.095 euros por mil habitantes, tendo todas as regiões de saúde acompanhado esta tendência”.
A ERS sublinha que, no mesmo período, “o número de utentes inscritos nos cuidados de saúde primários com rastreio do cancro do cólon e reto realizado por mil habitantes entre os 50 e os 74 anos, a nível nacional, aumentou 3,8%”. Mas foi o Alentejo que mais apostou no rastreio, com um incremento de 13%.
No total, “em outubro encontravam-se registados 641 estabelecimentos capacitados para a prestação de serviços de endoscopia gastrenterológica”. Neste caso sem distinção das unidades com protocolos com o SNS, “as regiões de saúde do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo concentram 70% dos estabelecimentos”.