A morte do Papa Francisco deve marcar a abertura da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), que começa na segunda-feira em Fátima.

É esperado que o tema seja abordado na intervenção inicial do presidente da CEP, José Ornelas, ao mesmo tempo que durante os trabalhos, que se prolongam até quinta-feira, não estarão presentes os cardeais Manuel Clemente, António Marto e Américo Aguiar.

Estes membros do episcopado português - os dois primeiros, bispos eméritos de Lisboa e Leiria-Fátima, e o terceiro bispo de Setúbal - estarão em Roma, onde participam nas reuniões que antecedem o início do conclave para a eleição do novo pontífice, onde terão direito de voto, tal como o cardeal José Tolentino Mendonça, prefeito o Dicastério para a Cultura e a Educação, na Cúria Romana.

Ao longo dos quatro dias de trabalhos, os participantes na reunião vão refletir em "estilo sinodal" sobre a situação dos seminários, além de analisarem propostas de documentos pastorais sobre a "Liturgia viva da Igreja", "O primado da pessoa e da sua consciência" e "A família".

O processo sinodal em curso, lançado pelo Papa Francisco, o Jubileu 2025 e o ponto de situação sobre o processo de compensações financeiras às vítimas de abuso no seio da Igreja serão outros temas em discussão durante os trabalhos.

A Assembleia Plenária da CEP reúne-se duas vezes por ano em reuniões ordinárias - abril e novembro. A CEP é presidida pelo bispo de Leiria-Fátima, José Ornelas, tendo como vice-presidente o bispo de Coimbra, Virgílio Antunes, e como secretário o padre Manuel Barbosa.