De acordo com o Estado-Maior Conjunto (JCS, na sigla em inglês) da Coreia do Sul, as manobras incluíram um teste conjunto do bombardeiro de longo alcance B-1B norte-americano com caças sul-coreanos F-15K e KF-16 e jatos japoneses F-2.
Os exercícios realizados a leste da ilha de Jeju demonstram a firme determinação e prontidão dos três países para responder aos avanços dos programas nucleares e de mísseis da Coreia do Norte, disse o JCS num comunicado.
Este foi o terceiro treino aéreo trilateral realizado pela Coreia do Sul, Estados Unidos e Japão este ano, referiu o comunicado.
O JCS sublinhou que o bombardeiro B-1B, capaz de transportar uma grande carga útil de armas convencionais, voou sobre ou perto da península coreana quatro vezes este ano.
Os exercícios utilizaram o bombardeiro pesado para atacar um objetivo simulado, "demonstrando uma forte capacidade de atacar alvos com rapidez e precisão", defendeu o comunicado.
"Este exercício foi realizado em resposta ao lançamento de um míssil balístico intercontinental pela Coreia do Norte a 31 de outubro", afirmou o JCS, acrescentando que os três países vão reforçar a sua coordenação de segurança "para responder às ameaças".
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, confirmou na quinta-feira o lançamento de um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês), no dia anterior, e disse que demonstra a "determinação de Pyongyang em contra-atacar".
O JCS disse que a Coreia do Norte poderia ter testado um novo míssil balístico de longo alcance com combustível sólido.
Os mísseis com propulsores sólidos incorporados são mais fáceis de mover e esconder e podem ser lançados mais rapidamente do que as armas com combustível líquido.
O porta-voz do JCS disse que o lançamento foi possivelmente agendado a pensar nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, marcadas para 05 de novembro, numa tentativa de fortalecer o poder negocial da Coreia do Norte.
Lee Sung Joon disse que o míssil norte-coreano foi lançado de um ângulo elevado, aparentemente para evitar os países vizinhos.
O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA condenou "de forma veemente" o teste e manifestou preocupação com os riscos de desestabilização da região.
"Este lançamento constitui uma violação flagrante de múltiplas resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse Sean Savett, em comunicado.
Também a União Europeia e o secretário-geral da ONU, o português António Guterres, condenaram o teste.
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