O mundo já começou a reagir à decisão dos Estados Unidos suspenderem toda a ajuda militar à Ucrânia, três dias depois do tenso encontro com Zelensky na Casa Branca. A Europa condena a suspensão. Até agora, só a Hungria apoia a decisão de Donald Trump.

O presidente da comissão parlamentar dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia comparou a decisão de Donald Trump ao apaziguamento de Hitler em 1938.

Também o delegado francês para a Europa diz que esta medida afasta ainda mais a ideia de paz na Ucrânia e reforça a posição russa.

O governo britânico assegura continuar "absolutamente empenhado" em ajudar a Ucrânia e a trabalhar junto dos aliados.

A Polónia condena a decisão. O vice-ministro da Defesa da Polónia diz que é uma má notícia. De acordo com a AFP, o Ministério dos Negócios Estrangeiros considera que é uma "situação muito grave".

"Esta é uma decisão muito importante e a situação é muito grave", disse Pawel Wronski, porta-voz do ministério, sublinhando que esta decisão de "grande importância política" foi tomada "sem qualquer informação ou consulta" aos aliados da NATO.

A Estónia apela à Europa para "preencher o vazio".

No mesmo sentido, o primeiro-ministro da Chéquia realça que a Europa "não pode permitir que a política agressiva da Rússia tenha sucesso". "A era de depender de terceiros para enfrentar desafios internacionais fundamentais em nosso nome acabou", afirma Petr Fiala.

Hungria apoia decisão dos EUA

Num outro tom, o governo da Hungria apoia a decisão dos Estados Unidos. Ambos os países "partilham" a opinião de que é mais importante criar um diálogo de cessar-fogo do que manter o fornecimento de armas.

Suspensão da ajuda militar

Donald Trump mandou suspender toda a ajuda militar à Ucrânia por tempo indeterminado. Assim, fica congelado o envio de novos carregamentos de armas de reservas norte-americanas. A suspensão manter-se-á até que "os líderes dos países demonstrem um compromisso de boa-fé com a paz".

[Artigo atualizado pela última vez às 11:47]