"Já se registaram, desde o anúncio das medidas do Governo, mais 300 candidaturas para o Exército do que em igual período no ano passado e a Força Aérea tem a convicção de que em 2024 terá muito mais candidatos do que em iguais períodos dos últimos dois anos", anunciou Nuno Melo.

O ministro da Defesa Nacional e presidente do CDS-PP falava nas jornadas parlamentares conjuntas do PSD e centristas, que decorrem até terça-feira, no parlamento.

Nuno Melo fez questão de realçar a publicação feita hoje dos diplomas relativos a vários aumentos de remunerações base e suplementos nas Forças Armadas, já promulgados pelo Presidente da República, que incluem o aumento da componente fixa da condição militar de 100 para 300 euros já em outubro, com retroativos a 01 de julho.

"Podemos dizer, com orgulho, que 115 dias depois da posse do nosso Governo, procedemos ao maior aumento combinado de salários, de suplementos, de apoios em casos de incapacidade ou morte em serviço que os militares não tinham - ao contrário do que acontece, por exemplo, com as forças de segurança - e de apoio aos antigos combatentes, com a compra de medicamentos, do tempo desta democracia em Portugal. Isto aconteceu com este Governo e com o Governo da Aliança Democrática", salientou.

O ministro destacou o papel das Forças Armadas em missões como o repatriamento de cidadãos nacionais, como aconteceu este fim de semana após o escalar do conflito no Líbano, em ações de busca e salvamento, no combate ao tráfico de droga ou na luta contra os incêndios, salientando que "quando não se investe nas Forças Armadas, são estas missões que ficam em risco".

"Quando nós tomámos posse neste Governo, existiam nas fileiras as Forças Armadas perto de 23 mil militares. Mas em 2015, quando o PS tomou posse no Governo, existiam mais de 29 mil militares. Significa que durante oito anos, Portugal perdeu mais de cinco mil militares nos três ramos das Forças Armadas. Isto aconteceu porque quando não se investe na Defesa, quando não se tem em conta a importância das Forças Armadas, quando os militares não se sentem dignificados, não ficam e, em muitos casos, não entram", argumentou.

 

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