A fábrica da ‘Empresa Madeirense de Tabacos’ (EMT) no Caniçal pode encerrar até ao final deste ano, devido à decisão do grupo nacional Tabaqueira em cancelar o contrato que lhe permitia produzir os produtos da marca Philip Morris. Na mesma situação está a fábrica existente em Ponta Delgada, Açores, pertencente à empresa madeirense. Estão em risco os empregos das cerca de 225 pessoas que trabalham nas duas unidades fabris. A informação foi avançada na edição de hoje do Diário de Notícias de Lisboa.

Segundo a mesma fonte, “a Tabaqueira confirma a caducidade do actual contrato de licença de fabrico em 31 de Janeiro de 2025 e a decisão de não celebrar contrato de manutenção com a Empresa Madeirense de Tabacos (EMT) a partir de 2026”. A produção de cigarros e outros produtos de tabaco que era feita nas fábricas do Caniçal e de Ponta Delgada será transferida para a fábrica da Tabaqueira, em Sintra. Fonte oficial da Tabaqueira adiantou ao DN que esta decisão “decorre de uma avaliação cuidada do contexto do negócio e regulatório”. O mesmo jornal cita uma nota interna da administração do grupo nacional, liderado por Marcelo Nico, que diz estar “consciente” do impacto que esta decisão terá na EMT, mas refere que não encontrou “racional económico e de negócio que justifiquem a existência de um contrato de manufactura” com a empresa madeirense a partir do próximo ano.