
Fátima Lopes, conhecida apresentadora de televisão e escritora ‘bestseller’, esteve esta tarde na Ribeira Brava, onde cativou o público que compareceu em massa no palco da Semana da Cultura daquela localidade.
Nesta conversa “sem filtros” com os fãs, Fátima Lopes abordou o gosto pela leitura, que disse vir “desde tenra idade” e a paixão pela escrita que já dura há 20 anos.
A apresentadora diz que “comunicar é uma ferramenta importante e valiosa que deve ser utilizada com muita responsabilidade”. “Eu não quero comunicar nada que aumente a tristeza no outro ou que o faça sentir que não é capaz. Pelo contrário, quero motivar, incentivar e alavancar o melhor de cada um”, vincou, acrescentando que utiliza a comunicação como “ferramenta de humanização”.
Durante a sua intervenção, abordou também o seu mais recente romance ‘O Amor Mora no Andar de Cima’, que conta a história de Ana Rebelo, uma escritora de sucesso que, à beira de um bloqueio criativo, enfrenta um segredo do seu passado que a impede de encontrar paz e felicidade. A autora explora temas profundos, como a solidão, a violência doméstica e os traumas do passado, convidando os leitores a reflectirem sobre a coragem necessária para abraçar o amor e a felicidade, apesar das dificuldades.
“Quando escrevi este livro queria falar das relações de vizinhança, sobretudo nas grandes cidades, porque são relações importantes. Se tiveres uma boa relação com a tua vizinhança, tens uma espécie de abraço no sítio onde vives”, explicou, salientando que embora as pessoas tenham hoje muita informação sobre do que se passa a nível global, nem sempre sabem o que acontece na casa de cada um, mesmo que more ao lado, daí a importância de estarmos atentos ao que nos rodeia.
A escritora disse que os seus romances são “muito verdadeiros”, porque gosta de escrever sobre a vida que acontece no dia-a-dia. “Eu gosto de escrever sobre a vida normal de todos nós porque é algo que tem sempre valor. Não é preciso algo extraordinário para ser valorizado”, sustentou.
Deixou ainda um alerta sobre as redes sociais, que “vendem a ideia de vidas perfeitas ou pessoas especiais” e com isso “provocam depressões em quem não tem ferramentas para lidar com os seus problemas”.
No seu entender, “um dos segredos de uma vida bem-sucedida é valorizarmos o que temos e guardarmos os momentos felizes”.
Numa referência ao 25 de Abril, destacou que “a liberdade é um dos maiores privilégios da actualidade” e pediu “respeito por todos os que lutaram e perderam a vida para que hoje possamos ser livres”.
Conhecida como mulher de muita fé, recordou o Papa Francisco que “tocou como ninguém o ser humano e incentivou à construção de pontes entre as pessoas”.
Fátima Lopes acredita que o seu propósito é “levar uma comunicação humanizada às pessoas e mostrar que comunicar é das ferramentas mais importantes para a nossa vida”.
Para terminar, pediu às pessoas que “conversem mais, partilhem mais e vivam a vida de uma forma mais próxima com os outros”.