Com este duplo tributo, o festival - a realizar de 17 a 20 de junho - pretende assinalar o 50.º aniversário das obras "Um barco para Ítaca", de Manuel Alegre, e "Minha senhora de mim", de Maria Teresa Horta.
A quarta edição do festival é promovida pela Arte-Via Cooperativa (que tem sede na Lousã), em parceria com autarquias e outras instituições públicas, associações e empresas da região e presta homenagem às vítimas dos fogos florestais de 2017, sob o lema "A arte e a cultura como reanimadores de uma região e de um povo".
A criadora e coordenadora do FLII, Ana Filomena Amaral, refere que se trata "de um evento intermunicipal, daí o seu caráter inovador, que decorrerá em 11 concelhos da região afetados pelos fogos, com o objetivo de levar os livros e os escritores aos sítios mais inusitados e imprevisíveis, como fábricas, campos, praias, igrejas, mercados, romarias, locais onde as pessoas trabalham e convivem".
"Ou seja, os livros vão ao encontro dos públicos porque também eles têm saudades", sublinha.
O tema transversal será "Literatura, cidadania e liberdade", uma vez que se trata "de um festival de causas" e se pretende "abordar questões candentes para o devir do mundo, mantendo sempre a emergência ambiental como um dos núcleos privilegiados de discussão".
O FLII envolve autarquias e agentes culturais dos concelhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Arganil, Miranda do Corvo, Lousã, Pedrógão Grande, Pampilhosa da Serra, Ansião, Alvaiázere, Penela, Tábua e Condeixa-a-Nova, nos distritos de Coimbra e Leiria.
A organização tem como objetivo "envolver todos os agentes de desenvolvimento, de todos os municípios participantes e todos os talentos locais, em todas as atividades a realizar em simultâneo".
Entre as atividades estão ações de formação, concursos, palestras, oficinas, leituras, feiras do livro, espetáculos, multimédia, performances, instalações e exposições.
Segundo Ana Filomena Amaral, "o conceito subjacente a este festival é o de uma realização sinérgica, catalisando os recursos dos municípios e outras instituições integrantes do consórcio, rentabilizando e potenciando o melhor que cada um possui, num esforço conjunto para superar as adversidades".
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Lusa/fim