O ministério publicou um breve comunicado na rede social X, esta segunda-feira, no qual indicou que pediu explicações ao diplomata russo sobre a "suposta violação do espaço aéreo" na zona do Golfo da Finlândia, localizado no Mar Báltico e cujas águas banham a costa sul do país.

Na sexta-feira, o Ministério da Defesa finlandês disse que os incidentes ocorreram por volta das 17:00 (15:00 em Lisboa), a oeste da cidade de Hanko.

Moscovo não fez até ao momento qualquer comentário sobre o incidente.

"Suspeita-se que o avião russo esteve no espaço aéreo finlandês durante alguns minutos. A Guarda de Fronteiras está a investigar o caso e fornecerá mais informações à medida que a investigação avança", concluiu o ministério.

No final de janeiro, a ministra dos Negócios Estrangeiros finlandesa, Elina Valtonen, que este ano preside a Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), acusou a Rússia de minar a ordem de segurança europeia com a invasão da Ucrânia.

"A guerra [na Ucrânia] minou a ordem de segurança europeia. A Rússia viola todos os 'Princípios de Helsínquia', a inviolabilidade das fronteiras, a integridade territorial, a resolução pacífica dos conflitos e outros valores fundamentais", disse, referindo-se ao que foi acordado na capital finlandesa em 1975.

A Finlândia aderiu em abril de 2023 à NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental).

A Finlândia tem 1.340 quilómetros de linha de fronteira com a Rússia e reúne um dos mais poderosos arsenais de peças de artilharia da Europa Ocidental.

Ao juntar-se à Aliança Atlântica em resposta à invasão russa na Ucrânia, a Finlândia deixou para trás uma histórica neutralidade militar.

Na altura, a Rússia prometeu tomar "contramedidas", considerando o alargamento da Aliança Atlântica como "um atentado à segurança" do país.

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