O Prémio Universidade de Lisboa 2023 foi para o professor de física Vítor Cardoso, que atualmente leciona no Instituto Superior Técnico (IST), pelo seu contributo para o desenvolvimento da física teórica e progresso da ciência em todo o mundo.

“O seu trabalho, de elevada projeção internacional, transcende as fronteiras da Academia, destacando-se como um exemplo inspirador de inovação, liderança e dedicação ao conhecimento científico, motivando e influenciando as futuras gerações de cientistas”, pode ler-se no comunicado de apresentação do prémio, que tem o apoio da Caixa Geral de Depósitos.

Vítor Cardoso tem tido uma carreira ligada à área da física, com vários trabalhos que lhe valeram reconhecimento internacional nos últimos anos. Em 2022, foi responsável pela criação do Center of Gravity, um novo centro de excelência na Dinamarca, com um financiamento de oito milhões de euros, e tem conseguido várias bolsas de investigação europeias.

Em 2010 recebeu a primeira bolsa do Conselho Europeu de Investigação (ERC na sigla em Inglês), no valor de um milhão de euros, e, em 2015, conquistou uma segunda bolsa de mais de 1,5 milhões de euros.

Destacam-se também as bolsas de investigação em instituições de prestígio de todo o mundo, como o Perimeter Institute for Theoretical Physics (Waterloo, Canadá), o CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, em Genebra, Suíça) e o Waseda Institute for Advanced Study (Tóquio, Japão). Foi também professor na Universidade Federal do Pará (UFPA), no Brasil, e na Universidade de Amesterdão (Países Baixos).

Vítor Cardoso completou o doutoramento em Física em 2003, no IST, e é também professor catedrático no Instituto Niels Bohr da Universidade de Copenhaga, uma das instituições mais prestigiadas do mundo, onde ocupa o cargo de Villum Investigator, funções que sublinham a sua destacada posição no panorama científico internacional e que o posicionam como um dos grandes cientistas do nosso tempo na área da relatividade e da gravitação.

Fez o pós-doutoramento na Universidade do Mississippi e na Universidade de Washington, em St. Louis (EUA). Em 2015, foi distinguido com a Ordem de Santiago D’Espada pelo Presidente da República.