O salão de cerimónias da Base Aérea encontra-se cercado por um forte dispositivo de militares armados que dão cobertura à sessão do Tribunal Militar de Bissau em que comparecem 14 dos arguidos, num processo que já vai em mais de um ano.

O juiz presidente de um coletivo abriu a sessão, assistida por jornalistas, mas que não podem filmar e tirar fotografias, com uma chamada dos nomes dos arguidos.

O mesmo magistrado pediu desculpa aos presentes pelo atraso no início da sessão, alegando razões de ordem técnica.

O Tribunal Militar guineense está a julgar cerca de 50 pessoas, na sua maioria militares, acusados de participação numa tentativa de golpe de Estado no dia 01 de fevereiro de 2022, na sequência de um ataque ao palácio do Governo onde decorria uma reunião do Conselho de Ministros, presidida pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.

Na ação, morreram 12 pessoas, na sua maioria elementos da guarda presidencial e motoristas.

Alguns dos envolvidos no processo não foram julgados, nomeadamente o vice-almirante José Bubo Na Tchuto, antigo comandante da Armada guineense, o ex-comandante do corpo dos Comandos general Júlio Nhaté e o ex-chefe da segurança do quartel do Estado-Maior das Forças Armadas tenente-coronel Júlio Mambali.

Fonte ligada ao processo indicou à Lusa que aqueles deverão ser julgados numa outra ocasião.

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