
As várias confissões religiosas, em todo o mundo, expressaram condolências pela morte do Papa Francisco referindo-se ao percurso e ao legado do chefe da Igreja Católica.
O chefe interino da Igreja de Inglaterra recordou a inteligência, a compaixão e o empenho do Papa Francisco em melhorar as relações entre as religiões do mundo.
O arcebispo de York, Stephen Cottrell, disse hoje que a vida de Francisco se centrou no serviço aos pobres, na compaixão pelos migrantes e requerentes de asilo e nos esforços para proteger o ambiente.
"Era espirituoso, animado, era bom estar com ele, e o calor da sua personalidade e o interesse pelos outros brilhavam nele", disse hoje o arcebispo de York.
O patriarca da Igreja Ortodoxa da Roménia, enviou as condolências pela morte de Francisco referindo que deixou uma marca profunda no catolicismo.
"É com profunda tristeza que recebemos a notícia da morte do Papa Francisco, uma figura venerável e renomada do cristianismo contemporâneo, cujo pontificado deixa uma marca profunda na história recente da Igreja Católica Romana", disse o patriarca ortodoxo, através do portal oficial.
Na mesma mensagem, o patriarca Daniel diz que a Igreja Ortodoxa Romena partilha a dor da perda e envia as condolências a toda a Igreja Católica.
O rabino de França, Haim Korsia, elogiou o empenho do Papa Francisco na luta contra o antissemitismo frisando que foi um homem que criou laços de confiança em todo o mundo.
"Simbolicamente, o último discurso de ontem [domingo de Páscoa] foi uma recordação forte e firme do empenhamento da Igreja na luta contra o antissemitismo, que ele [Papa Francisco] viu com desolação espalhar-se pelo mundo", acrescentou o representante da sinagoga da capital de França.
De forma crítica, a Conferência para a Ordenação das Mulheres afirmou hoje ter ficado frustrada com a falta de vontade de Francisco em promover a ordenação das mulheres.
"Enquanto continuaremos a experimentar os dons da abertura do Papa Francisco à reforma, lamentamos que isso não se estenda a uma abertura à possibilidade de mulheres no ministério ordenado", refere um comunicado da Conferência para a Ordenação das Mulheres, citado pela Agência France Presse.
O organismo católico anglo-saxónico diz ainda que a política do Papa Francisco manteve as "portas fechadas" sobre a ordenação de mulheres frisando que se tratou de uma posição "dolorosamente incongruente" com a natureza pastoral.
"Isto tornou-o uma figura complicada, frustrante (...) para muitas mulheres", afirmou a Conferência para a Ordenação das Mulheres.
A morte do Papa Francisco foi anunciada pelo cardeal Kevin Farrell, Camerlengo da Câmara Apostólica.
"Às 07:35 desta manhã [06:35 em Lisboa], o bispo de Roma, Francisco, regressou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da sua Igreja", disse Farrell no anúncio.
O Papa Francisco esteve internado recentemente devido a uma pneumonia bilateral.