
A Câmara Municipal do Funchal vai realizar ainda este semestre um estudo de diagnóstico da comunidade migrante no município da capital madeirense. Ana Bracamonte, vereadora responsável pelo Pelouro da Diáspora e Migrações, diz tratar-se de estudo inédito e inovador, cujas conclusões prevê apresentar em Julho.
O objectivo é conhecer a realidade das condições socioeconómicas e culturais não apenas dos migrantes, mas também dos emigrantes que regressaram, no sentido do município “trabalhar e desenvolver políticas de integração eficazes e com base em dados concretos e não apenas em percepções”.
Foi à margem da Conferência ‘Migrações – Políticas de Integração’, em que Ana Bracamonte é uma das conferencistas, que revelou o “estudo de diagnóstico” e a importância do mesmo face à nova realidade, sendo que só no Concelho do Funchal residem cerca de 7 mil cidadãos de mais de 123 nacionalidades. “A maior parte provenientes da Venezuela, Brasil e do Reino Unido”, complementou.
Segundo a autarca, “o Funchal é uma cidade que acolhe, que celebra a diversidade e que reconhece e valoriza a importância destas pessoas”.
Face ao crescente fluxo migratório, fez saber que a Autarquia quer promover, em colaboração com empresários, cursos de língua não materna. Face à reconhecida “necessidade de mão-de-obra e a importância da chegada destas pessoas”, a língua é a principal barreira, daí o interesse na “promoção da língua portuguesa como primeiro passo para a integração”, apontou.