"Regozijamo-nos por esta aprovação, naturalmente, e entendemos que o surgimento do Nós, Cidadãos! é uma lufada de ar fresco no atual quadro político-partidário português, porque é um partido que se afirma desde logo como alternativo, que vai oferecer soluções alternativas aos portugueses, oferecer uma nova possibilidade de voto", disse Quartin Graça à Lusa.

"Todas aquelas pessoas que não encontram nos atuais partidos políticos opções válidas -- ou porque estão descontentes com aquilo que tem sido o funcionamento dos partidos, ou por outra razão -- podem, agora, encontrar no Nós, Cidadãos! uma alternativa de voto já nas próximas eleições legislativas, em outubro", indicou.

Pedro Quartin Graça, ex-deputado social-democrata e ex-presidente do MPT - Partido da Terra, sublinhou que a nova alternativa, que terá como sigla NC e um símbolo amarelo e negro, assenta "numa nova equipa e num conteúdo programático novo também" que os fundadores do partido pensam que "irá ao encontro dos anseios de um grupo muito alargado de portugueses".

O NC está a concluir a discussão que tem vindo a fazer, nos últimos meses, do seu programa político, cujas linhas mestras serão apresentadas na próxima segunda-feira, 29 de junho, num Encontro Cidadão que se realizará no Teatro do Bairro, em Lisboa.

Em acórdãos de 23 de junho, hoje divulgados, o TC aceitou a inscrição do "Nós, Cidadãos!" e deu dez dias ao Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP) para reformular o seu projeto de estatutos, que considerou ilegal.

Contactado pela Lusa, um dos fundadores do PURP, António Mateus Dias, disse ter-se tratado de um lapso que já foi corrigido e que a nova foi entretanto enviada ao TC para aprovação.

A ilegalidade apontada pelos juízes do Palácio Ratton prendia-se com o facto de o projeto de estatutos prever que os membros do Conselho de Jurisdição integrassem também o Conselho Nacional, um órgão de direção política.

António Mateus Dias explicou que "uma das alíneas, por lapso, foi parar ao outro órgão, portanto, estava repetida a composição".

"Foi só retirar essa alínea que estava a mais -- e já corrigimos isso, hoje", precisou.

Com a aceitação do NC como partido, passam a estar inscritos 22 partidos políticos no Tribunal Constitucional.

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