O porta-voz do presidente argentino Javier Milei, Manuel Adorni, disse na quarta-feira que o governo está a analisar a instalação um botão silenciador dos jornalistas que participem nas conferências de imprensa na sede do Executivo.

Avançou ainda que os jornalistas presentes nestas conferências de imprensa poderiam ser escolhidos por voto popular.

"O botão silenciador, em caso de vir a ser instalado, seria para quando se tira o microfone da mão de quem trabalha na Casa Rosada (a sede do governo)", disse Adorni, durante uma conferência de imprensa, adiantando que a intenção seria a de impedir que os jornalistas continuem a fazer perguntas quando já se cedeu a palavra a outro.

"Tantas perguntas fazem com que os próprios companheiros sintam que se lhes está a retirar espaço, lugar, pelo que me parece um recurso interessante", disse.

Considerou também que "o importante é a informação, não o diálogo com os jornalistas".

Por outro lado, adiantou que o governo vai publicar uma resolução com mudanças na sala de imprensa da sua sede.

"Estamos a pensar em uma forma de permitir às pessoas escolherem os que devem estar e os que não devem estar; estamos a analisar e a pensar uma maneira em que as pessoas se sintam representadas, se sintam informadas e que voes possam sentir também que podem fazer um trabalho melhor para os vossos meios e para as pessoas, porque não estão aqui por outra razão que não seja a que do outro lado há alguém que vos lê ou escuta", disse.

O diário La Nación adiantou recentemente que a resolução em causa considera a abertura das conferências de imprensa a pessoas das redes sociais, como 'youtubers' e os designados 'influencers'.