Após o fracasso das negociações para um executivo tripartido na Áustria, envolvendo centro-direita, centro-esquerda e liberais, a extrema-direita foi convidada a formar governo.

Herbert Kickl fez história no final de setembro do ano passado ao dar ao seu Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ) a primeira vitória de uma formação de extrema-direita em eleições legislativas no país desde a II Guerra Mundial.

Agora, prepara-se para voltar a fazer história nas negociações para um governo de coligação com o Partido Popular Austríaco (centro-direita), podendo tornar-se o primeiro chanceler austríaco vindo da extrema-direita no período pós-guerra.

Que implicações terá a sua nomeação para a Áustria e o resto da União Europeia (UE)? E haverá um efeito de contágio noutros Estados-membros onde a extrema-direita também vai crescendo?

Koichi Osamura, politólogo e investigador na Universidade de Viena, acredita que, com Kickl, a política migratória austríaca vai tornar-se “muito mais restritiva” e “a UE passará a ter um segundo Viktor Orbán”, o primeiro-ministro húngaro.

Este episódio foi conduzido pelo jornalista Hélder Gomes e contou com o apoio técnico de João Martins.

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