"Apoios de maior vulto, apoios para a reconstrução de fábricas, de casas, esses aí é que não poderiam ter começado, mas vão começar muito brevemente. Se tudo correr bem, vão começar em prazos muito razoáveis", afirmou Manuel Castro Almeida.

À saída de uma reunião, hoje, com sete autarcas da região de Viseu dos municípios mais atingidos pelos incêndios que decorrem na região desde segunda-feira, o ministro da Coesão Territorial sublinhou que há prioridades na distribuição dos apoios.

Ou seja, "há que distinguir entre primeiras habitações e aquilo que não são primeiras habitações" e também há casos "de fábricas que estão completamente ardidas e estão inoperacionais e fábricas que estão globalmente a funcionar, embora com pequenas partes lesadas ou destruídas".

"Há primeiras e segundas prioridades. Vamos dar prioridade" ao emprego, pois "é preciso que as fábricas trabalhem e que as pessoas possam ter o seu emprego e salário no fim do mês", disse.

Manuel Castro Almeida afirmou ainda que "os apoios já começaram e estão a cargo dos senhores autarcas que estão a fazer a sua obrigação neste momento" e, nesse sentido, garantiu que as pessoas estão todas a ter apoio.

"Neste momento não há gente sem cama, toda a gente tem um sítio para dormir, não há centros de saúde fechados, não há ninguém a passar fome que nós saibamos. É verdade que há algumas crianças que estão sem escola, porque há dificuldade de acesso à escola e aí não há solução", mas deverão ser "mais dois ou três dias".

Na próxima terça-feira o ministro vai reunir com todos os autarcas da região Centro, uma vez que nessa altura já deverão ter os formulários com inquéritos preenchidos e que já hoje foram distribuídos hoje, em Mangualde, e na terça-feira, em Aveiro.

Comparando com a reunião em Aveiro, o governante disse que do que ouviu hoje dos presidentes de câmaras do distrito de Viseu, ali "há menos casas ardidas, menos fábricas, mas muito maior número de instalações agrícolas" afetadas, já que esta região "é propícia" a isso.

É importante "harmonizar os procedimentos" e "trabalhar com formulários harmonizados no conjunto dos concelhos", para que o Governo possa, "muito rapidamente, definir a natureza, a dimensão, a extensão dos apoios para cada um dos setores".

Ou seja, para as habitações, para indústrias, para a agricultura, para a floresta, para o equipamento público, já que "há vários equipamentos que foram afetados" especificou, exemplificando com estações de tratamento de águas residuais (ETAR).

"O nosso objetivo é usar muito as câmaras municipais como canais para fazer chegar o apoio às populações, assumiu o ministro da Coesão Territorial.

Em representação dos autarcas, o presidente da Câmara de Mangualde, Marco Almeida, disse aos jornalistas que saíram do encontro "satisfeitos, desde que seja cumprido o que hoje foi prometido" durante a reunião com os elementos do Governo.

Manuel Castro Almeida esteve na Câmara Municipal de Mangualde reunido com diversos autarcas do distrito de Viseu dos concelhos mais atingidos pelas chamas.

Com o ministro da Coesão Territorial estiveram os secretários de Estado da Saúde, Ação Social, Infraestruturas, Habitação, Economia, Florestas e Administração Local.

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