O Governo vai criar uma linha anónima de denúncia de casos e de apoio a alunos vítimas de bullying nas escolas, anunciou esta segunda-feira o Ministério da Juventude e Modernização.

Numa nota enviada às redações, o gabinete da pasta tutelada por Margarida Balseiro Lopes esclarece que a linha servirá para reportar casos tanto em escolas como públicas como privadas, através de três vias: telefone, website e app.

A medida é uma das cinco recomendações que integram o relatório do Grupo de Trabalho de Combate ao Bullying nas Escolas públicas e privadas, que revela que quase 6% dos estudantes já se sentiu vítima.

“Há uma grande necessidade de fazer algo diferenciador”

O compromisso foi também hoje assumido pelo secretário de Estado e Adjunto da Educação no encerramento da sessão de apresentação do relatório, que decorreu na Escola Secundária Rainha Dona Leonor, em Lisboa.

"É uma necessidade que reconhecemos, é algo diferenciador face àquilo que tem sido feito e há uma grande necessidade de fazer algo que é diferenciador", afirmou Alexandre Homem Cristo.

Alexandre Homem Cristo, secretário de Estado da Educação
Alexandre Homem Cristo, secretário de Estado da Educação ANTÓNIO COTRIM

O secretário de Estado reconheceu, no entanto, que se trata de uma medida complexa e, por isso, não quis comprometer-se com um prazo, assegurando que será algo no qual o Governo irá trabalhar "de forma sustentada e com a preocupação de ter uma solução eficaz".

Em declarações aos jornalistas, a ministra da Juventude e Modernização, Margarida Balseiro Lopes, acrescentou que a linha de apoio não deverá estar concluída este ano, mas também não se comprometeu com a hipótese de vir a ser implementada ainda no decorrer do próximo ano letivo, 2025/2026.

JOSE SENA GOULAO

A criação de uma linha de apoio específica para os alunos vítimas de bullying é uma das recomendações do grupo de trabalho, cujo relatório revela que, em média, em cada 17 alunos, um considera já ter sofrido de bullying.