António Guterres e Luís Montenegro estiveram reunidos durante cerca de meia hora na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, e no fim prestaram declarações aos jornalistas, sem responder a perguntas.

"Foi com enorme orgulho e enorme satisfação que recebi o primeiro-ministro de Portugal. Portugal é um país que tem uma relação exemplar com as Nações Unidas. Em todos os domínios da ação das Nações Unidas Portugal desempenha hoje um papel relevante que é extremamente importante para nós", declarou António Guterres.

Com Luís Montenegro ao seu lado, o secretário-geral da ONU elogiou o papel de Portugal na manutenção de paz e segurança, em particular na República Centro-Africana, e também em matéria de desenvolvimento sustentável e de clima e apontou o país como "um exemplo de direitos humanos tomados a sério em todos os domínios".

António Guterres acrescentou que é "extremamente grato verificar o prestígio que tem hoje Portugal no seio das Nações Unidas" e que Luís Montenegro "pode regressar a Lisboa orgulhoso daquilo que o seu país hoje representa nas Nações Unidas".

"É um redobrado orgulho registar este prestígio que Portugal tem e cuja primeira grande expressão é o próprio secretário-geral das Nações Unidas", afirmou, em seguida, Luís Montenegro.

O chefe do Governo PSD/CDS-PP considerou que António Guterres tem tido "uma tarefa muito exigente" como secretário-geral da ONU, "mas tem sido, felizmente, alvo de um reconhecimento generalizado", e destacou "a realização da Cimeira do Futuro e as conclusões nela aprovadas".

Luís Montenegro manifestou o desejo de que Guterres "continue nesta caminhada" em defesa dos valores da paz, da segurança, da dignidade das pessoas, da sustentabilidade e assegurou-lhe que "o Governo português estará sempre ao seu lado".

O primeiro-ministro chegou na terça-feira à noite aos Estados Unidos da América para participar na 79.ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em que irá discursar pela primeira vez na quinta-feira.

António Guterres foi eleito secretário-geral da ONU em 2016, proposto por Portugal, e iniciou o seu mandato em 01 de janeiro de 2017.

O antigo primeiro-ministro português, que chegou dois governos do PS, entre 1995 e 2002, foi reconduzido no cargo de secretário-geral da ONU em 2021 e termina o seu segundo mandato de cinco anos no fim de 2026.

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