Há pelo menos um português na lista dos 33 reféns que serão libertados pelo Hamas na sequência do acordo de cessar-fogo com Israel. Outros dois reféns terão ligações a Portugal. A informação foi confirmada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros português.

"Até este momento, com a informação disponível, temos um cidadão com nacionalidade portuguesa e dois com ligações ou eventuais ligações a Portugal confirmados na lista de reféns", adiantou a mesma fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

O português chama-se Or Levy e foi sequestrado no festival de música Supernova, no sul de Israel, a 7 de outubro de 2023.

A mulher foi morta e o filho ficou ao cuidado dos avós.

Haverá ainda outros dois reféns com ligações a Portugal.

Acordo de cessar-fogo

A libertação de reféns, levados para a Faixa de Gaza na sequência dosataques do Hamas de 7 de outubro de 2023no sul de Israel, a partir de domingo, faz parte do acordo de cessar-fogo alcançado esta semana entre Israel e o movimento islamita palestiniano.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou ter "chegado a um acordo sobre a libertação dos reféns" detidos na Faixa de Gaza.

O acordo ainda terá de ser aprovado pelo gabinete de segurança e pelo Governo israelita, mas segundo o gabinete de Netanyahu, a libertação dos reféns pode acontecer como planeado".

"Os [primeiros] reféns serão libertados o mais cedo possível. Domingo", sublinhou.

O acordo, anunciado na quarta-feira pelos mediadores Estados Unidos e Qatar, ficou suspenso depois de Israel ter acusado o Hamas de recuar em algumas das medidas e de vários ministros da coligação governamental israelita terem ameaçado demitir-se se as tréguas fossem concretizadas.

Acordo dividido por fases

Alcançado após meses de negociações indiretas, o acordo será dividido em três fases.

A primeira durará 42 dias e certificará o fim das hostilidades, a retirada das tropas israelitas da fronteira e a troca de 33 reféns por prisioneiros palestinianos.

A segunda fase envolverá a distribuição de ajuda humanitária "segura e eficaz" a grande parte da Faixa de Gaza e a realização de reparações em instalações de saúde, além do envio para o enclave de mantimentos e combustível.

Os pormenores sobre a segunda e terceira etapas do acordo serão divulgados assim que a primeira fase for certificada.

Com Lusa