A revolução digital tem vindo a transformar profundamente a indústria musical e esse é o tema desta semana do podcast O Futuro do Futuro, do Expresso. Neste episódio, João Miguel Salvador e Mário Rui Vieira falam sobre a forma como as plataformas de streaming, como o Spotify e a Apple Music, mudaram o consumo de música, tornando-o maioritariamente digital.
A acessibilidade e a distribuição de músicas nunca foram tão simples, mas também surgiram desafios relacionados com a remuneração dos artistas. A forma como as plataformas geram lucro é bem diferente do modelo antigo de vendas físicas de discos e downloads e isso revolucionou toda a indústria. Passados vários anos desde essa mudança de paradigma, a questão mantém-se.
Até que ponto os músicos conseguem viver com os rendimentos gerados a partir dos streams?
O mais certo é que não consigam e esta é uma das grandes críticas ao streaming é a remuneração baixa que as plataformas oferecem aos artistas. Com os pagamentos por stream a serem minúsculos, muitos questionam se este modelo é sustentável.
Será possível implementar um novo modelo de remuneração mais justo, ou os artistas terão de encontrar novas formas de gerar receita, como com a realização de mais concertos?
Apesar das dificuldades, e como frisa Mário Rui Vieira, a digitalização trouxe também vantagens, como a democratização da música.
Neste episódio de O Futuro do Futuro, discutimos ainda como (e se) as plataformas de streaming têm sido fundamentais para artistas menos conhecidos ganharem visibilidade. É que o algoritmo de recomendação pode ser uma faca de dois gumes: ao mesmo tempo que ajuda a descobrir novas músicas, também pode limitar as opções do público, criando uma “bolha” musical.
Além disso, a presença da inteligência artificial (IA) no mundo da música também levanta questões importantes. A IA está a ser usada como uma ferramenta criativa por alguns artistas. Mas poderá vir a substituir os músicos por completo?
Neste episódio do podcast O Futuro do Futuro, analisamos também o impacto da IA na criação musical. A música gerada por inteligência artificial levanta debates sobre a originalidade e o futuro da música como a conhecemos, ao mesmo tempo que questionamos como as plataformas de streaming poderão evoluir para dar mais espaço à diversidade musical.
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