![Hamas libertou quatro militares israelitas mantidas como reféns](https://homepagept.web.sapo.io/assets/img/blank.png)
O Hamas libertou este sábado quatro mulheres militares israelitas que estavam mantidas como reféns em Gaza desde 7 de outubro de 2023, esperando-se que Israel liberte agora 200 prisioneiros palestinianos em troca.
Segundo o exército israelita, as mulheres estão a ser levadas de volta para Israel, onde serão submetidas a exames médicos após mais de 15 meses em cativeiro.
As militares israelitas agora libertadas - Karina Ariev, Daniella Gilboa, Naama Levy e Liri Albag - foram raptadas da base militar perto de Gaza onde estavam a prestar serviço durante o ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra. Este sábado, os combatentes do Hamas entregaram-nas ao Comité Internacional da Cruz Vermelha.
A troca é vista como um teste decisivo à forma como o acordo de cessar-fogo de 42 dias entre Israel e o Hamas vai evoluir nas próximas semanas. Se for bem sucedido, os mediadores esperam que possa levar ao fim permanente da guerra.
Nos termos do acordo, que entrou em vigor no passado domingo, após esta troca, as forças israelitas deverão retirar parcialmente de uma zona no centro de Gaza, permitindo que milhares de palestinianos deslocados possam regressar às suas casas.
O acordo de cessar-fogo prevê que o Hamas liberte, no total, 33 reféns dos cerca de 100 que permanecem em Gaza. Até agora foram libertados sete, incluindo as quatro mulheres que foram entregues este sábado. Em troca, Israel libertará, no total, mais de 1.500 prisioneiros palestinianos, dos quais 200 deverão sair hoje.
Muitos destes prisioneiros palestinianos estavam em Israel a cumprir penas de prisão perpétua por envolvimento em ataques contra israelitas.
O conflito teve início com o atentado perpetrado pelo Hamas em 2023, no qual morreram 1200 pessoas e 250 foram feitas reféns, segundo Israel. Em resposta, Israel lançou uma intensa campanha de bombardeamento que matou pelo menos 45 000 pessoas, de acordo com as autoridades sanitárias de Gaza.