O Hispano Suiza Carmen Sagrera é o terceiro modelo da gama de hiperdesportivos elétricos da empresa, que foi apresentado em junho de 2024, para assinalar os 120 anos da marca.
Dotado de 4 motores elétricos de 275 cv, o que lhe proporciona uma potência conjunta de 1114 cv, e um binário de 1160 Nm, o Sagrera acelera de 0 a 100 km/h em 2,6 segundos. Os propulsores são de imanes permanentes e fluxo axial, conectados em série: dois no lado esquerdo, e dois no direito.
A alimentar os quatro motores elétricos está uma nova bateria de 103 kWh de capacidade, desenvolvida e fabricada a 100% nas instalações da Hispano Suiza em Montmeló, Barcelona, que está dotada de novos packs de células iões de lítio de última geração: no total, conta com 15 módulos de 24 células, para um total de 360, que a marca diz apresentar uma melhoria na densidade energética, já que permite armazenar mais energia no mesmo volume, o que se traduz numa autonomia de 480 km no ciclo WLTP.
O fabrico deste exclusivo hiperdesportivo é efetuado de forma artesanal na sede da empresa, em Barcelona, Espanha, num trabalho minucioso, que combina inovação e design.
Para mostrar o trabalho minucioso que é colocado na produção de cada uma das unidades do Carmen Sagrera, a Hispano Suiza mostrou os cinco passos fundamentais para a criação do modelo, em que são incorporadas algumas das novas evoluções que fazem deste automóvel uma verdadeira obra de arte sobre rodas.
Fase 1: Pré-montagem de componentes e produção da bateria
Por tratar-se de um modelo altamente personalizável, que torna cada unidade única, em consonância com o conceito “hyperlux” cunhado pela marca, a equipa de design mantém um contacto regular com o cliente, para adaptar o automóvel aos seus gostos, e informá-lo dos avanços na produção.
Os primeiros passos consistem na pré-montagem de vários conjuntos, como os subchâssis dianteiro e traseiro, os quatro conjuntos de suspensão, os veios dos eixos e a placa interior. No subchâssis dianteiro é instalada a direção; e, no traseiro, o suporte para os inversores, e o sistema de propulsão (motores e redutor, que terão sido testados e calibrados previamente no dinamómetro).
Paralelamente, a equipa técnico da empresa constrói a bateria de 103 kWh, que é produzida internamente, e que faz a sua estreia no Hispano Suiza Carmen Sagrera. Graças à mesma, este modelo conta com uma autonomia de até 480 quilómetros. Ao mesmo tempo, outro equipa produz a cablagem de alta tensão.
Fase 2: Montagem do châssis
A produção do hiperdesportivo prossegue com a instalação dos diferentes elementos da carroçaria sobre a monocoque, todos eles em fibra de carbono, um processo realizado à mão, com extremo cuidado com os mais ínfimos detalhes, para que cada peça encaixe na perfeição. Também são instalados alguns elementos interiores.
Fase 3: Pintura, estofos e montagem do rolling chassis
Após ter sido realizado o pré-ajuste e ajuste de todas as peças, tem início o processo de pintura, na especificação de cor que previamente tenha sido designada pelo cliente, entre as possibilidades praticamente infinitas oferecidas pela marca, num trabalho, também ele, feito manualmente
Sobre este conjunto são instalados a cablagem, o sistema de refrigeração, a direção, os suportes e o braket. E, depois deles, os subchâssis dianteiro e traseiro, e todos os componentes do rolling chassis: suspensões, travões e rodas.
Paralelamente, teve início o revestimento dos interiores, em materiais de alta qualidade, como Alcantara ou pele, que serão cortados e cosidos à mão, seguindo os gostos do proprietário.
Fase 4: Montagem e ajuste final
Com o châssis já montado, e pronto para rolar, a equipa técnica centra-se na montagem e no ajuste final dos interiores, em que se inclui a tecnologia que dá vida ao avançado sistema de infoentretenimento do hiperdesportivo, e todos os sistemas de conforto que este inclui. Também é efetuada a montagem definitiva do conjunto exterior, incluindo os emblemas e os logótipos, com a cegonha enquanto principal protagonista.
Fase 5: Validação final e entrega
Uma vez construído, o Carmen Sagrera está pronto para a sua entrega ao cliente. Terão decorrido cerca de oito meses desde o início do processo. A última fase consiste na validação do conjunto num teste de uns quanto quilómetros, tanto em estrada como em pista, no circuito de Barcelona-Catalunya (Montmeló), situado junto às instalações da marca. Quanto estiver minuciosamente comprovado que o veículo se encontra em perfeitas condiciones, e que todos os sistemas funcionam corretamente, será realizada a entrega ao cliente, que poderá desfrutar de uma experiência de condução suprema.