Em Portugal no ano passado arderam mais de 147.000 hectares, resultante de 735 incêndios, o valor mais elevado dos últimos seis anos, segundo um relatório divulgado pela Comissão Europeia, esta terça-feira. Contudo, "ainda bastante abaixo do ano extremo de 2017".

"Até setembro, tinha sido um ano relativamente calmo, mas cerca de 90% das ocorrências anuais [de incêndios] foram nesse mês", sustenta o documento, indicando que em setembro de 2024 arderam as maiores áreas: 35.000 hectares em Castro Daire e 20.000 em Albergaria-a-Velha.

Do total de incêndios no ano passado, pouco mais de 7% ocorreram em floresta conífera, 11% em território agrícola, 10% em floresta de folha larga e 28% em "outras áreas naturais". A maior percentagem dos incêndios, 34%, ocorreu em áreas "transacionais", de acordo com o relatório.

A Comissão Europeia indicou também que, no que diz respeito à Ucrânia, país que ainda não faz parte da União Europeia, apesar de ser candidato à adesão, a maioria dos incêndios em 2024 correspondeu à área da linha da frente dos combates entre os exércitos ucraniano e russo, pelo que a quase totalidade dos incêndios tinha origem no conflito que começou há mais de três anos.