Nesta operação, descrita hoje pela agência de notícias Efe como "de grande envergadura", foram também aprendidos estupefacientes, documentos falsificados e milhões de dólares.
Batizada de "Screen West Africa 2024", a operação ocorreu em 12 países entre 21 de outubro e 24 de novembro do ano passado com o objetivo de "fortalecer a segurança das fronteiras e desmantelar as redes transnacionais do crime organizado", disse a Interpol em comunicado.
Entre os detidos, está um suspeito de integrar o Estado Islâmico na zona entre Mali, Níger e Burkina Faso.
Outras 11 pessoas que estavam na lista de procurados da Interpol também foram presas.
Forças policiais de diferentes países apreenderam 1,6 toneladas de cocaína em Cabo Verde, avaliadas em 50 milhões de dólares, 10 toneladas de anfetaminas no Burkina Faso, 33 tipos de medicamentos falsificados em Benin e no Togo e 40 produtos farmacêuticos de baixa qualidade na Costa do Marfim.
Somam-se 100 veículos de luxo roubados no Canadá e em países europeus.
"Os lucros obtidos com esses veículos roubados geralmente financiam atividades do crime organizado, como contrabando de armas, tráfico de drogas e redes terroristas", disse a Interpol.
O coordenador da operação, Mohamed Moussa, disse que a operação marcou "um passo decisivo no desmantelamento das redes transnacionais do crime organizado que ameaçam a estabilidade regional e prejudicam os esforços para construir a paz e promover o desenvolvimento na África Ocidental".
A Interpol forneceu aos seus agentes dispositivos móveis que lhes permitiram aceder ao banco de dados da organização e realizar 1,3 milhão de verificações em tempo real.
Com esta medida, paralelamente, foram descobertos 82 viajantes com passaportes roubados ou irregulares e as informações permitiram que as autoridades mauritanas abrissem uma investigação sobre tráfico de passaportes franceses e espanhóis.
A operação ocorreu em Benin, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Libéria, Mauritânia, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
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