
A investigação ao apagão que foi pedida por Luís Montenegro e por Pedro Sánchez é obrigatória pela lei europeia. As causas do apagão têm de ser apuradas no prazo máximo de seis meses, numa investigação independente que será liderada por especialistas de um país terceiro que não tenha sofrido o corte energético.
O objetivo é fazer uma avaliação técnica do que aconteceu e emitir recomendações. A avaliação deve contar também com a participação dos operadores de rede de transporte de eletricidade de Espanha, Portugal e França. A Agência para a Cooperação dos Reguladores da Energia é igualmente convidada a fazer parte do painel, tal como as autoridades reguladoras dos Estados-membros envolvidos.
Esta investigação está ligada à classificação de incidentes graves na União Europeia, que deverá colocar o apagão total em Espanha e Portugal no nível máximo - classificadacomo de nível 3, numa escala de 1 a 3.
O primeiro-ministro português informou, esta terça-feira, que ficou decidido em Conselho de Ministros que Portugal vai solicitar à Agência de Cooperação dos Reguladores da Energia uma auditoria europeia independente aos sistemas elétricos dos países afetados pelo apagão, para "apuramento cabal" das causas do mesmo – que, até agora, continuam por identificar.
Também o chefe do Governo espanhol anunciou que iria pedir um “relatório independente” à Comissão Europeia, além de uma comissão de inquérito sob a égide do Ministério espanhol da Transição Ecológica.
Um corte no abastecimento elétrico afetou a Península Ibérica, esta segunda-feira, a partir das 11h30. As causas do apagão ainda não foram explicadas.