"A ação dos Estados Unidos de impor sanções contra diversas empresas e navios que, segundo os Estados Unidos, estão envolvidos na transferência de produtos petrolíferos iranianos carece de qualquer tipo de base legal ou lógica", afirmou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Ismail Baghaei, em comunicado.

O porta-voz descreveu como "ação legal e de acordo com o direito internacional" o ataque com 180 mísseis do Irão contra território israelita no primeiro dia de outubro, em resposta às mortes do líder do grupo libanês Hezbollah, Hasan Nasrallah, e de um general da Guarda Revolucionária em Beirute, no final de setembro, e do chefe político da milícia islâmica palestiniana Hamas, Ismail Haniyeh, em julho, em Teerão.

Israel prometeu retaliação, à qual as autoridades iranianas garantiram que responderão com maior força.

Em reação, o Departamento de Estado dos EUA anunciou no sábado novas sanções contra seis entidades envolvidas no comércio petrolífero iraniano e seis navios, enquanto o Tesouro sancionou 10 entidades em múltiplas jurisdições e bloqueou 17 navios.

O porta-voz da diplomacia iraniana denunciou "o papel destrutivo e negativo dos EUA na segurança e estabilidade" do Médio Oriente, ao fornecer apoio político e militar a Israel e acusou-o de ser "cúmplice no genocídio israelita" em Gaza e nas agressões contra o Líbano.

O Irão lidera a aliança informal anti-Israel do "Eixo da Resistência", composta pelo Hezbollah, o Hamas, os Houthis do Iémen e as milícias iraquianas que apoiam Teerão.

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