"Hassan Nasrallah está morto", declarou o porta-voz do exército, tenente-coronel Nadav Shoshani, nas redes sociais, citado pela agência francesa AFP.

Um outro porta-voz do exército, o capitão David Avraham, confirmou à AFP que o líder do Hezbollah foi eliminado.

Inimigo declarado de Israel, o Hezbollah não anunciou oficialmente o destino de Nasrallah, mais de 15 horas após o devastador ataque israelita ao seu reduto nos subúrbios do sul de Beirute.

Mas uma fonte próxima do Hezbollah admitiu à AFP que a organização "perdeu o contacto" com Nasrallah desde sexta-feira à noite.

Os militares israelitas afirmaram ter efetuado um ataque aéreo preciso na sexta-feira enquanto a direção do Hezbollah se reunia no seu quartel-general em Dahiyeh, a sul de Beirute, segundo a agência norte-americana AP.

Além de Nasrallah, morreram outros comandantes do Hezbollah, segundo os militares israelitas.

Num comunicado citado pelo jornal libanês L'Orient du Jour, o exército israelita disse que "durante os 32 anos em que esteve ao leme" do partido xiita, Nasrallah "foi responsável pelo assassinato de inúmeros cidadãos e soldados israelitas".

Também foi responsável pelo planeamento de ataques contra Israel "e em todo o mundo", acrescentou.

O chefe do Estado-Maior do exército israelita, general Herzi Halevi, prometeu atacar quem ameaçar Israel, pouco depois de o exército ter anunciado a morte de Nasrallah.

"Não esgotámos todos os meios à nossa disposição. A mensagem é simples: quem quer que ameace os cidadãos de Israel, nós saberemos como atingi-lo", declarou o general Halevi num comunicado citado pela AFP.

Hassan Nasrallah, um religioso de 64 anos, é objeto de um verdadeiro culto de personalidade no Líbano, onde era considerado o homem mais poderoso. Durante anos, viveu escondido e raramente apareceu em público.

Segundo várias estações de televisão israelitas, Hassan Nasrallah foi alvo de um ataque violento sem precedentes, na tarde de sexta-feira, num bairro densamente povoado dos subúrbios do sul de Beirute.

Apesar dos golpes desferidos por Israel, o movimento libanês anunciou hoje que tinha disparado foguetes contra um 'kibutz' e alvos militares no norte de Israel em resposta aos "ataques bárbaros do inimigo israelita".

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